Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Apesar de ter 76 anos, Udo Döhler é visto como o “novo” na política catarinense

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Apesar de ter 76 anos, Udo Döhler é visto como o “novo” na política catarinense

Raul Sartori

Novo relativo
Há um clamor pelo “novo” na política estadual e nacional. Em SC, analistas políticos, como o experimentado Adelor Lessa, enxergam como novo o prefeito de Joinville, Udo Döhler. Ele tem 76 anos, mas novo na política e com sucesso, tanto que foi reeleito. Queria ser candidato a governador e está sendo escanteado no seu próprio partido, o MDB. O “novo” que o eleitor espera e quer como gestor público não tem muito a ver com a idade. O que mesmo sonha é que não tenha cheiro de corrupção.

Vespeiro
É na Secretaria da Fazenda que os marimbondos estão com os ferrões à vista diante da tesourada de cargos (164, todos comissionados e muito bem pagos) determinada pelo governador Pinho Moreira. Na SEF, sempre esteve abrigado um grupo de fiéis apoiadores, com filiação no PSD, do ex-governador Raimundo Colombo.

Faz-de-conta
Para que servem os tribunais de contas? A pergunta novamente se torna pertinente diante de um fato concreto: o TCE-SC, por exemplo, analisou as contas da administração petista de Tubarão do ano de 2014 e rejeitou-se por inúmeras irregularidades. E recomendou sua rejeição à Câmara de Vereadores, que pode aprovar. Se assim for, os supostos malfeitos ficam por isso mesmo.

Relações perigosas
Em um sobrevoo rapidinho, aquele amigo passarinho veio dizer que há nomes de SC com “negócios” envolvendo o “doleiro das estrelas”, Dário Messer, alvo principal da Operação Lava-Jato de ontem. Trata-se de um personagem ligado aos escândalos nacionais desde o longínquo caso Banestado.

Escola sem Partido
As assembleias legislativas não podem aprovar leis que imponham aos Estados o programa Escola Sem Partido, que proíbe professores de manifestar em sala de aula posições políticas, ideológicas ou religiosas. A Advocacia Geral da União encaminhou ontem ao Supremo manifestação nesse sentido ao se posicionar pela inconstitucionalidade da lei aprovada por deputados estaduais de Alagoas, que criou o “Escola Livre”. Na Alesc e em algumas câmaras de vereadores de SC também há articulações no mesmo sentido.

1º de maio
As comemorações do Dia do Trabalhador em SC foram as mais apáticas dos últimos anos ou até décadas. Para o deputado estadual Dirceu Dresch (PT), foi um dia diferente: “Depois do golpe parlamentar-midiático-jurídico de 2016, os trabalhadores não têm muito a comemorar, uma multidão de 14 milhões estão desempregados e outros tantos estão no subemprego ou na informalidade”. Perguntar não ofende: a origem deste desemprego por acaso está na Índia?

Mutilação insana
Na notícia enviada à coluna pela Câmara de Vereadores de São José informando a aprovação de projeto de lei acerca de cuidados com animais na cidade, o que assusta é saber da realização (que o projeto, se virar lei, proibirá) de cirurgias que visem a eliminação do latido de cães ou miado de gatos, a remoção de pedaço da cauda que se encontra “fora do padrão”, retirada das unhas e de parte das orelhas, dentre outras atrocidades. Só serão permitidas apenas em casos vitais.

“Golpe” tolerado
Não é cabível a análise do mérito sobre o teor de cursos ou eventos oferecidos por qualquer instituição de ensino superior – como o ciclo de debates “O golpe de 2016 e o futuro da democracia”, na UFSC – especialmente em face da autonomia didático-científica das universidades. Esse é o posicionamento defendido pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão do Ministério Público Federal que coordena a atuação na promoção e proteção de direitos humanos. País de mentira é isso.

Enfrentamento
O Órgão Especial do TJ-SC aprovou, em sessão administrativa, anteontem, a instalação da Vara Criminal da Região Metropolitana de Florianópolis, com competência para julgamento de ações penais que envolvam ilícitos praticados por organizações criminosas, cometidos por funcionários públicos contra a administração em geral e casos de corrupção. Terá competência ainda para apreciar inquéritos policiais e procedimentos investigatórios, assim como processar e julgar processos oriundos das comarcas próximas da Capital.

Motociclistas
Dá para imaginar o barulho se passar projeto, no Congresso, que proíbe o trânsito de motos nos corredores entre faixas, prática hoje permitida pelo Código de Trânsito Brasileiro. O texto também estabelece que os motociclistas devem transitar pela faixa da direita sempre que não houver a destinada a eles, além de proibir a circulação sobre as calçadas das vias urbanas.

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