Apesar do avanço tecnológico, cursos de informática básica ainda têm espaço em Brusque

Ao longo dos anos, interessados procuram fazer o curso com objetivos distintos

Apesar do avanço tecnológico, cursos de informática básica ainda têm espaço em Brusque

Ao longo dos anos, interessados procuram fazer o curso com objetivos distintos

Na década de 1990, era bastante comum que jovens fossem matriculados em cursos de informática básica, cujo objetivo era ter o primeiro contato com computadores, sistemas e internet. Décadas depois, a maior parte das famílias já tem computador em casa, e os cursos preparatórios, desde então, precisaram se adaptar aos novos tempos.

Gunter Lother Pertschy, do Centro de Inovação de Brusque, alerta que a procura por graduações na área é alta, mas que a falta de conhecimento básicos preocupa.

“Esse fenômeno (falta de profundidade) vem acontecendo em vários sentidos, inclusive já notamos isso nas escolas. Os estudantes se baseiam na superficialidade, imediatismo, no raso do conhecimento e acabam não se aprofundando. É importante tentarmos resgatar esses valores, fazer com que as pessoas saibam que é importante estudar e pesquisar mais sobre os assuntos”, comentou.

Questionado sobre a importância da tecnologia nos dias de hoje, Gunter deixa claro que há cada ano que passa, a procura por oportunidades da área só cresce.

“Essa área está muito aquecida e a busca é grande. A pandemia mostrou que a tecnologia é necessária no nosso estilo de vida atual. Mas é o que eu digo, é preciso que as pessoas busquem estudar aquilo que querem praticar, para que não cheguem despreparadas no futuro”, conclui.

Em Brusque, alguns cursos continuaram a atuar no mercado, embora de maneira diferente, adaptada à modernidade.

A Faculdade Senac Brusque, por exemplo, começou a oferecer cursos mais focados na área de tecnologia no ano de 2021, com atuação no programa Jovem Programador e na Graduação em 2022, já os cursos como o de informática essencial,sempre tiveram turmas anuais.

De acordo com Júnior Cunha, Coordenador do eixo Tecnologia da Informação e Comunicação na Faculdade Senac Brusque, ao longo dos anos foi possível sentir a diferença de procura do público.

“A procura por cursos na área de tecnologia tem crescido muito. Isso se deve principalmente pelo grande número de dispositivos que utilizamos todos os dias. A pandemia fez as pessoas sentissem a necessidade de se qualificar mais e saber utilizar o computador de forma mais eficiente”, relata.

Atualmente, na área de tecnologia da informação, o Senac Brusque conta com aproximadamente 100 alunos, distribuídos entre qualificação e graduação. Questionado sobre o perfil dos estudantes, Júnior explica que a presença de idosos é frequente.

“O perfil dos alunos vem se tornando de pessoas que buscam transição de carreira, ou seja já possuem alguma formação e estão buscando migrar com novos conhecimentos. Temos também idosos que buscam conhecer mais sobre informática e aprender a utilizar os computadores. Além disso, também há pessoas que buscam se qualificar para um oportunidade de trabalho, já que muitas vagas requerem conhecimentos básicos em informática”.

Experiência

De estilo diferente do Senac, a escola de Cursos profissionalizantes Barriga Verde atua no mercado da informática de Brusque há 35 anos. A instituição é voltada ao treinamento de cursos de formação (para crianças de 8 a 14 anos) e profissionalizantes. Hoje, a escola conta com 112 alunos.

“Ao longo dos anos, percebemos que a procura anda sendo mais segmentada. A busca maior é dos jovens, porém, também percebemos uma procura maior da terceira idade”, diz a escola.

Questionado sobre o motivo pelos quais a maior procura é dos jovens, a escola alega que a busca está ligada à colocação profissional e requalificação.

Para a instituição, a informática é o único pré-requisito para qualquer pessoa que deseja entrar no mercado de trabalho. Além daquelas que buscam executar qualquer função dentro de uma organização empresarial.

“O que nos deixa tristes é que normalmente as pessoas buscam a qualificação justamente quando perdem o seu emprego. Normalmente, quem está empregado, na sua grande maioria, fica na zona de conforto, acreditando que não é necessário a sua qualificação. Porém, quando perde o emprego, é que acorda para a realidade”.

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