X
X

Buscar

Após 30 dias, casal brusquense recebe alta e está curado da Covid-19

Família mora no Centro de Brusque

Os brusquenses Adriana Azevedo de Souza, de 45 anos, e Diogo de Souza, de 50, receberam alta e estão curados da Covid-19, 30 dias após a internação.

Adriana fez sua primeira consulta dia 25 de maio e recebeu o resultado quatro dias depois. Já o esposo Diogo soube que estava doente no mesmo dia. Logo iniciaram o período de isolamento social e o monitoramento clínico e de enfermagem, incluindo o telemonitoramento.

Para Adriana, os sintomas iniciais não pareciam relacionados à doença. “Tive dor lombar e dor nas pernas. Então fui ao Centro de Triagem e depois, como a dor não cessava, vim ao Ambulatório da Unimed fazer o teste. Logo após ver minha tomografia, a Dra. Daniela me chamou e disse que eu estava com sinais de pneumonia viral, provavelmente causada pelo Covid-19”, lembra. Logo após o diagnóstico, teve início o acompanhamento com orientações de isolamento, distanciamento social, medidas de suporte, telemonitoramento e tratamento.

Adriana acredita que contraiu o vírus no trabalho pois, além dela, outras quatro pessoas também testaram positivo para Covid-18 na empresa. O casal permaneceu isolado e com os filhos em casa, embora eles não tenham contraído a doença.

“Eles ficaram mais no quarto, usamos banheiros separados, fazíamos comida de máscara e luva e, quando eles almoçavam, a gente se retirava. Os vizinhos, meu irmão e minha nora, se disponibilizaram em fazer compras. Deixavam tudo na porta e a gente recolhia”, conta Adriana, grata pela ajuda que recebeu em um mês de isolamento. “Parecia tão longe e, de repente, o vírus estava com a gente, dentro da nossa casa. Mas saímos mais fortalecidos e com mais fé depois disso”, comemora o casal.

Adriana se lembra da dificuldade que teve para enfrentar a doença que viveu. Não chegou a sentir falta de ar, nem tosse, mas a dor lombar e nas pernas, além de enjôo e dor de cabeça, causaram bastante desconforto.

Aprendizados

Permanecer em isolamento ajudou o casal a refletir sobre o que realmente é importante. “Quando você está dentro de casa, isolado, onde há uma preocupação com você e com outras pessoas, você passa a dar valor às coisas simples da vida. Você não pode mais nem levar o lixo na rua, você se vê acuado. Vejo que as pessoas têm medo, como tiveram com a gente”, comenta Diogo. “A gente não transmite mais, estamos curados, teoricamente não vamos mais pegar, mas as pessoas ainda têm medo, têm receio. Aí a gente sente na pele”, observa Adriana.