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Após 50 anos de morte, relembre trajetória do ex-prefeito Antônio Heil

Ele teve morte prematura aos 42 anos

A morte de Antônio Heil, que dá nome à rodovia mais importante que corta Brusque, completa 50 anos nesta sexta-feira, 11 de junho. Ex-vereador e prefeito da cidade, Heil também foi eleito deputado estadual para a legislatura entre 1971 e 1975, mas acabou falecendo durante o primeiro ano de seu mandato. Mesmo com a passagem precoce aos 42 anos, deixou um legado muito grande na cidade, que não é esquecido até hoje.

Conhecido como Neco, Heil teve quatro filhos com sua esposa Dorys Maria. Ele fez seus estudos em Brusque, cresceu e empreendeu na cidade. Primeiro, trabalhou no Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina. Depois, foi tesoureiro da Caixa Econômica Federal. Até que, junto com o irmão, fundou a empresa Irmãos Heil.

Além da rodovia, Antônio Heil também é homenageado no Ginásio Multiuso Neco Antônio Heil, em Brusque, na rua Antônio Heil, em Florianópolis e na rua Deputado Antônio Heil, em Criciúma e Blumenau.

Inauguração da Casa Paroquial em Dom Joaquim, com a presença do então prefeito Antônio Heil | Foto: Brusque Memória/Arquivo

Paixão pelo futebol

Além da vida pública, Neco se dedicava muito ao futebol. Suas paixões eram especialmente o Carlos Renaux e o Botafogo. Ele foi presidente, tesoureiro e técnico do Vovô e escreveu um livro sobre a história do clube profissional mais antigo de Santa Catarina junto com o padre Eloy Dorvani Koch.

“O Vovô do Futebol Catarinense” foi lançado em 1960, uma obra simples, mas que demonstrou toda a conexão e dedicação de Neco com o Carlos Renaux. 

Capa do livro “O Vovô do Futebol Catarinense” | Foto: Arquivo pessoal

Em uma das realizações de sua vida, viu o Botafogo jogar em Brusque para um amistoso em 1958, recheado de craques, como Nilton Santos, Didi e Garrincha. O resultado da partida foi um inesquecível 5 a 5.

Além disso, Heil contava orgulhoso e eufórico da conversa que teve antes da partida com o histórico técnico João Saldanha, a quem acompanhou durante o percurso entre o aeroporto de Itajaí e o local da partida.

Comoção na cidade

Os quatro filhos, 11 netos e dois bisnetos guardam na memória e nos registros a história de Neco com muito carinho e amor. Em seu sepultamento, em Brusque, esteve presente o governador Colombo Sales, e centenas de brusquenses compareceram para prestarem suas homenagens e retribuir pelo esforço que ele fez pela cidade durante a vida.

Recepção do arcebispo Dom Afonso Niehues e do então prefeito Antônio Heil na inauguração da casa paroquial em Dom Joaquim, em 1969 | Foto: Brusque Memória/Arquivo

A capa e a edição do jornal O Município de 18 de junho de 1971, quatro dias após a morte dele em Florianópolis, foram em grande parte destinada a Antônio Heil. 

O jornal divulgou homenagens realizadas na Assembleia Legislativa, pelos deputados Nelson Pedrini, Evaldo Amaral, Dejandir Dalpasquale e Benedito Terezio de Carvalho, além de texto dos editores da época, Germano Jacobs e Aureo Siegel, além de Luiz Henrique da Silveira e da Câmara de Vereadores de Brusque.

Capa do jornal O Município de 18 de junho de 1971 | Foto: Arquivo O Município

A morte prematura de Neco foi descrita na edição como uma lacuna na vida pública da cidade pela personalidade marcante, senso de liderança e arraigado amor pelas coisas de Brusque.

O jornal ainda divulgou um poema em homenagem a Heil. Um trecho resume a relevância de Neco apesar da morte prematura. “Uma coisa há de servir de consolo. Tiveste uma vida gloriosa que será lembrada pelos tempos em fora”.

Homenagem de editores de O Município após morte de Antônio Heil | Foto: Arquivo O Município

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