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Após assembleia, associados do Sintec decidem suspender greve dos Correios

Categoria aguardará julgamento no TST, marcado para outubro, em estado de greve

Após assembleia entre membros do Sindicato dos Carteiros de Santa Catarina (Sintect), realizada na tarde desta terça-feira, 17, na Praça XV de Novembro, em Florianópolis, ficou decretada a suspensão da greve dos Correios no estado.

Conforme Robson Paladini, dirigente sindical do Sintect em Brusque, os funcionários das localidades que ainda estão paralisadas voltarão ao trabalho às 22h desta terça-feira. O serviço deve retornar em todo o Brasil.

No entanto, os servidores aguardam o julgamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcado para 2 de outubro, em estado de greve.

“Caso no julgamento a representação dos trabalhadores ver que nós estamos sendo prejudicados ou suprimido alguma cláusula do acordo coletivo, como estaremos em estado de greve, podemos entrar em greve de novo”, afirma Paladini.

Participaram da assembleia diretores sindicais e trabalhadores de todo estado que votaram pela suspensão enquanto aguardam o resultado do TST. A reunião foi uma determinação do Tribunal.

“Não temos garantia pois não depende da nossa greve e nem da direção da empresa. Foi instituído um colegiado no TST que decidirá sobre o acordo coletivo e o aumento de salário”, explica.

Segundo ele, em nenhum momento os Correios negociaram com as direções sindicais de todo Brasil. “Eles simplesmente soltaram uma proposta de retirada de direitos e um aumento de 0,8% de reajuste e nas negociações foi sempre a mesma proposta. Em nenhum momento eles negociaram com a gente.” Paladini diz que este impasse dura mais de 60 dias.

Entenda a greve

A paralisação aconteceu após a empresa não negociar com os funcionários depois que o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Renato de Lacerda Paiva, decidiu encerrar a mediação de acordo coletivo entre as partes.

Na greve, os funcionários se manifestam contra cortes de benefícios, como tickets refeição e vale cultura. A categoria também é contra o aumento de 0,8% no salário. O pedido é que o aumento acompanhe a inflação.

Além disso, os carteiros também estão se manifestando contra a privatização da estatal e pedem pela realização de um concurso público para aumento do efetivo.