Agência Brasil
Após auxílio emergencial, saiba quantas famílias ainda recebem Bolsa Família em Brusque
Procura pelo benefício reduziu depois que o novo auxílio foi instituído
Nos primeiros seis meses de 2021, apenas 16 novas famílias entraram no programa Bolsa Família em Brusque. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social.
Em 2020, Brusque tinha 1718 famílias beneficiadas com o programa. Já em 2021, o número total de beneficiados é de 1734. No ano passado havia 4442 famílias registradas no Cadastro Único e neste ano o número é de 4.747 famílias. As pessoas cadastradas no sistema são consideradas de baixa renda e estão elegíveis para receberem algum tipo de benefício do governo.
Conforme o secretário Jocimar dos Santos explica, as famílias são registradas no Cadastro Único, o CadÚnico. Depois os documentos são analisados pelo governo federal que é quem determina se a família poderá ou não receber o benefício.
Cadastro Único
Em consulta ao site do CadÚnico, no mês de junho deste ano foram transferidos R$ 218,3 mil aos beneficiados, sendo que o benefício médio repassado foi de R$ 125,94 por família. O sistema aponta que há mais de 5,3 mil pessoas diretamente beneficiadas pelo programa em Brusque.
O site informa ainda que das 1734 famílias beneficiárias no município, 839 estavam com o benefício liberado, 11 estavam com o benefício bloqueado, e 884 estavam com o benefício suspenso até junho. Dentre as famílias beneficiadas, 85,5 % dos responsáveis familiares são mulheres.
De acordo com o secretário, até o mês de junho deste ano foram atendidas 790 famílias com interesse em participar ou se manter no programa. Ele também pontua que referente ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social, até o mês passado foram atendidas 269 famílias.
Em 2020, os atendimentos do cadastro único foram suspensos em virtude da pandemia de Covid- 19. O secretário diz que as famílias inscritas no Cadastro Único migraram automaticamente para o auxílio emergencial.
“E as famílias que não estavam inscritas no Cadastro Único e com interesse em pleitear o auxílio emergencial, se inscreveram pelo aplicativo no celular. Portanto, caso ocorresse a atualização das informações do Cadastro Único, as famílias beneficiárias do auxílio emergencial corriam o risco da suspensão do benefício”.
Conforme Jocimar, para solicitar o Bolsa Família, o responsável familiar deve procurar a Secretaria de Desenvolvimento Social portando os documentos de todos os membros que residem atualmente no domicílio e o comprovante de residência para inclusão no CadÚnico.
“Desde que a família atenda aos critérios de renda, a mesma segue para avaliação das informações prestadas e aguardará a concessão pelo governo federal do Bolsa Família”.
Avaliação
O secretário explica que a habilitação das famílias para receberem o benefício ocorre por meio de um sistema informatizado. Conforme ele esclarece, a cada processo de seleção são avaliados dados sobre a quantidade de cadastros válidos, o número de famílias que se encaixam nas regras para concessão de benefícios e o percentual de cobertura da estimativa oficial de famílias carentes.
A estimativa do número de famílias carentes é definida a partir dos dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e é priorizado o atendimento aos municípios com baixa cobertura e às famílias em extrema pobreza.
Jocimar esclarece que na pandemia não aumentou o número de famílias beneficiadas com o programa. No entanto, o governo federal “atuou com outros benefícios de enfrentamento à pandemia, como o auxílio emergencial, incluindo o aumento em valores dos recursos do público do Bolsa Família, assim como a concessão à não beneficiários”.
Sobre as famílias beneficiadas com o programa, o secretário explica o que foi informado pelo governo federal.
“Pretende-se ampliar o número de beneficiários e os valores do Bolsa Família, contudo isso deverá ser aplicado efetivamente após findar-se o auxílio emergencial, o qual pode sofrer ainda outra prorrogação”, finaliza.
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