Após chuva, Samae considera abastecimento de água em Brusque normalizado

De acordo com autarquia, reservatórios do Dom Joaquim e Ribeirão do Mafra estão cheios novamente

Após chuva, Samae considera abastecimento de água em Brusque normalizado

De acordo com autarquia, reservatórios do Dom Joaquim e Ribeirão do Mafra estão cheios novamente

A chuva dos últimos dias foi suficiente para normalizar o abastecimento de água nos bairros Dom Joaquim, Cedro Alto, Thomaz Coelho e também na localidade de Ribeirão do Mafra, de acordo com o diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Dejair Machado.

Essas quatro regiões foram as mais afetadas pela estiagem e, durante vários dias, enfrentaram sérios problemas de abastecimento. Morador do bairro Dom Joaquim, Tiago Hasckel, 20 anos, conta que as duas caixas d’água da residência onde ele mora com a família, ficaram vazias, já que a água fornecida pelo Samae não chegava.

“Ficamos sem água por três dias seguidos. Mas antes de acabar, estava vindo só de manhã e à tarde faltava. Essa situação ficou por uns 30 dias”, conta.

Após a Associação de Moradores do Dom Joaquim (Amadoj) se movimentar, o Samae começou a abastecer as residências com caminhões pipa e a situação amenizou. “Eles começaram a encher a caixa d’água e agora com essa chuva parece que está melhor, às vezes, no período da tarde, diminui a pressão, mas tem água”, afirma.

O diretor-presidente do Samae, Dejair Machado, afirma que a chuva, que começou na quarta-feira, 18, já foi suficiente para normalizar a situação. Na sexta-feira à tarde, o reservatório do Ribeirão do Mafra estava operando com 83% de sua capacidade, já o do Dom Joaquim, com 85%.

“Consideramos os dois reservatórios abastecidos. Esses eram os únicos sistemas que estavam com problemas. Os outros quatro: Zantão, Santa Luzia, Volta Grande e Limeira, se mantiveram normais”, diz.

Machado diz que a chuva dos últimos dias contribuiu 50% para a normalização do abastecimento naquelas regiões. Os outros 50% ele atribui as modificações feitas pelo Samae no sistema.

“Tivemos que fazer uma manobra de rede, que foi levar água do Centro para aquelas localidades, porque o manancial do Ribeirão do Mafra estava praticamente seco, chegou a praticamente 0”.

Nesta segunda-feira, 23, o Samae deve iniciar uma extensão da rede em mais 1,2 km, para que a autarquia não precise depender apenas da vazão da nascente do Ribeirão do Mafra. “Com isso, acredito que a situação também deve melhorar mais um pouco”, afirma.

Dejair Machado destaca que a estiagem deste ano já se iguala a de 2006, já que desde maio não chove o esperado na região. “Se continuar nesse ritmo de chuva, normaliza, se não, vamos ter muitos problemas no verão”, adianta.

De acordo com ele, a solução definitiva para o problema da falta de água em Dom Joaquim e arredores é a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Cristalina, que está em fase final de projeto. Desta forma, o diretor-presidente do Samae orienta a população a continuar economizando água para evitar maiores transtornos.

Problema antigo

O presidente da Amadoj, Valdir Hinselmann, diz que o bairro Dom Joaquim está crescendo em um ritmo acelerado, entretanto, não há infraestrutura necessária. “Se liberou muitas construções, mas sem capacidade. Desde 2008 a associação cobra mais infraestrutura”.

Ele destaca que há muitos anos aquela região da cidade sofre com a falta de abastecimento de água, principalmente durante o verão e classifica o problema como resultado de uma sequência de gestões equivocadas. “Não é um problema de agora. Isso vem acontecendo há muitos anos, mas nesta gestão está mais frequente. Há três anos estamos tendo esse problema. Tem que pressionar para que resolvam de alguma forma”.

De acordo com ele, a população do bairro Dom Joaquim e arredores aguarda ansiosa pela nova estação de tratamento. “Entendemos que os mananciais estão baixos, que não conseguem atender a demanda, mas também não podemos ficar esperando sem fazer nada. A nossa região ainda tem como captar e tratar água, só pedimos eficiência no abastecimento da cidade. A melhor forma de resolver o problema é a ETA da Cristalina e nós queremos agilidade”.

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