Após corte de comissão, leituristas do Samae de Brusque reclamam de baixa na remuneração
Um grupo de leituristas do Samae de Brusque reclama sobre a retirada de uma comissão. O valor do acréscimo variava de R$ 780 a R$ 800 no salário de nove trabalhadores, que ganhavam o benefício há dois anos. De acordo com um funcionário, que não quis ser identificado, a comissão era dada para os leituristas que encontravam […]
Um grupo de leituristas do Samae de Brusque reclama sobre a retirada de uma comissão. O valor do acréscimo variava de R$ 780 a R$ 800 no salário de nove trabalhadores, que ganhavam o benefício há dois anos. De acordo com um funcionário, que não quis ser identificado, a comissão era dada para os leituristas que encontravam alguma irregularidade no serviço, como vazamentos em hidrômetro.
“A gente ganhava e, de uma hora para a outra, eles tiraram. Mas mantiveram comissões de outras pessoas de dentro do Samae. Favorecendo uns e rebaixando outros”, conta ele.
O diretor-presidente da companhia, William Molina, explica que as comissões não fazem parte do salário, ou seja, é um benefício. “As comissões são formadas de acordo com a necessidade de resolver alguns assuntos específicos. Quando a comissão atinge o objetivo pelo qual ela foi criada, como a resolução de um problema, aí não existe mais razão para que continue existindo. Quando ela é extinta, o funcionário deixa de receber”, detalha.
Gasto público
Molina acrescenta que algumas comissões no Samae são formadas por aproximadamente cinco servidores, o suficiente para que eles possam se reunir, trabalhar e achar uma solução.
“Quando chegamos no Samae, tínhamos comissões com muita gente, como 15 pessoas. Então, era um custo completamente desnecessário do dinheiro público, gastos de forma inadequada. Fizemos uma readequação das necessidades das comissões e da quantidade de pessoas nelas. Além de que algumas estavam sem atividade, com problemas resolvidos, automaticamente a gente extinguiu”, aponta.
Horário de almoço
O grupo de funcionários do Samae de Brusque também reclama que o horário de almoço foi fixado em 1h30, o que impossibilita o servidor de fazer o almoço em menos tempo. Agora, é preciso cumprir o horário, o que resulta na saída mais tardia do trabalho no fim do expediente à noite. Molina rebate que a mudança é uma adequação à legislação vigente.
“O problema é que as pessoas não estavam habituadas a cumprir o que determina a legislação trabalhista, que diz que o intervalo do almoço tem que ser no mínimo 1 hora. Não importa se o funcionário diz que precisa só de dez ou 20 minutos, não importa. Não estamos inventando a roda, estamos colocando o que determina a legislação trabalhista para ser cumprida. Se eles não estão satisfeitos com o cumprimento, que procurem seus direitos dentro da legalidade no judiciário. Se era feito antes, era errado. Agora o errado não faz mais parte da nossa gestão”, completa.
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