Após decisão do STF, Facebook faz bloqueio global de contas de bolsonaristas
Perfis ligados a apoiadores do presidente foram bloqueados neste sábado
Após decisão do STF, Facebook faz bloqueio global de contas de bolsonaristas
Perfis ligados a apoiadores do presidente foram bloqueados neste sábado
- 01/08/2020
- 13:43
Após decisão do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o Facebook decidiu bloquear as contas de pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro em todo o mundo.
De acordo com a CNN, a solicitação do ministro também determinava o bloqueio dos perfis no Brasil, pedido que já havia sido acatado pelo Facebook nesta sexta-feira, 31. No entanto, a rede social ainda não havia bloqueado as contas fora do país.
Nesta sexta-feira, 31, o STF aumentou o valor da multa diária e cobrou pagamento de R$ 1,92 milhão ao Facebook por não retirar as contas do ar. Além disso, Moraes intimou o presidente da rede social no Brasil a cumprir sua determinação.
Em nota publicada neste sábado, 1º, a rede social informou que “devido à ameaça de responsabilização criminal de um funcionário do Facebook Brasil, não tivemos alternativa a não ser cumprir com a ordem de bloqueio global das contas enquanto recorremos ao STF”.
O ministro informou que a suspensão parcial das contas caracteriza descumprimento de uma ordem judicial. Ele cobrou o pagamento de R$ 1,92 milhão referente multa diária de R$ 20 mil por descumprimento a cada um dos 12 perfis que não tiveram o bloqueio total.
Bloqueios nacionais
No dia 24 de julho, a rede social realizou o primeiro bloqueio de contas no Brasil conforme ordenou o ministro. Ao todo foram bloqueadas 16 contas no Twitter e 12 contas no Facebook.
Alguns perfis conseguiram abrir novas contas como se estivessem no exterior. No entanto, o Twitter voltou a bloquear as contas de bolsonaristas após ordem do ministro.
Em comunicado anterior, publicado nesta sexta-feira, 31, o Facebook havia informado que recorria da decisão do STF dos bloqueios no exterior. A rede social informou à CNN que ao cumprir a decisão do ministro, o entendimento seria de que isso poderia abrir um precedente para a liberdade de expressão, pois outros juízes, de outros países, poderiam realizar solicitações além das suas jurisdições geográficas.
No entanto, após o aumento da multa, a rede social decidiu acatar a solicitação enquanto recorre ao STF.