Após dois anos, familiares e amigos comemoram a Festa de Maio em Brusque
Evento tradicional na cidade não foi realizado nos dois últimos anos devido à pandemia
Depois de dois anos de espera, os membros da Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Brusque puderam novamente se reunir para comemorar a Festa de Maio neste sábado, 14, e domingo, 15. Tradicional na cidade, o evento era realizado anualmente no terceiro domingo do mês de maio, mas, devido à pandemia, os dois últimos anos não foram celebrados.
O retorno da festa, que reúne famílias e amigos, surpreendeu a organização. No domingo, antes das 12h30 já não haviam tickets de almoço ou churrasco para serem vendidos. A coordenação da festa precisou comprar mais mantimentos para poder disponibilizar mais 50 churrascos e 30 refeições. No total, foram vendidos 1380 churrascos e 930 almoços.
O espaço, que suporta um pouco mais de mil pessoas sentadas, esteve lotado no sábado à noite e domingo. “Só de lugar para sentar aqui, nós temos mais de mil lugares e estava completamente lotado e muitas pessoas em pé ainda. Então, sábado eu acho que andou por aqui umas 2 mil pessoas”, contou Sérgio Kuchenbecker, coordenador da festa.
O pastor Edélcio Tetzner comentou que a comunidade sentia falta da comemoração. “Eu vejo que o povo estava com saudade. Saudade do reencontro, saudade da conversa amiga, saudade dessa tranquilidade para celebrar a vida”, disse.
Ele também ressaltou que a união permanece apesar da pandemia. “É um momento de gratidão. Nossa comunidade consegue se reorganizar, se reencontrar após a pandemia e todas as dificuldades que são consequências dessa pandemia. A comunidade está de pé”, afirma Edélcio.
Momento em família
Para Izabele Cristina de Souza, 34 anos, este foi um ano especial. Além de atuar pela primeira vez como uma das festeiras, também foi a primeira edição que seu companheiro, Lindomar Luiz Junior de 34 anos, participou do evento. Ele, que vem de outra cidade, afirma que adorou o momento e se sentiu muito acolhido.
O casal também estava acompanhado dos pais de Izabele, Eliana Knop de 62 anos e Milton Souza de 64 anos. A participação da família no evento acontece desde a infância de Izabele que destacou a falta que a festa nos últimos anos. “Estamos gostando muito desse momento em família, muito felizes em fazer parte, depois de dois anos de pandemia, voltar e estar em comunidade. A gente sentia muita falta. É um momento muito rico”, diz.
O casal Max Heinig, 52 anos, e Adriane Hanzen, 39 anos, também aproveitou a Festa de Maio para reunir a família. Pais de dois adolescentes, Guilherme de 17 anos e Manuelle de 13 anos, eles confessam que houve relutância dos filhos para participar. “Eles não queriam vir. Preferiam que viéssemos buscar a comida para comer em casa. Mas depois de estar aqui, começam a ver amigos, professores. Então se torna um momento agradável e todo mundo gosta”, conta.
A família participa do evento com frequência e Max comentou a sensação dos últimos dois anos sem a festa. “Foi triste, estranho. Porque se aguarda muito por esse momento. Acaba faltando alguma coisa”, diz.
Outra família que sentiu muita falta da Festa de Maio foi a da Karine e do Fernando Ulber, que é maestro da igreja. O casal, que levou pela primeira vez seus dois filhos Harry de 4 anos e Thomas de 1 ano, participa da organização do evento há 15 anos.
Karine, que é filha do coordenador da festa, disse que é um evento marcante e comentou a sensação do retorno. “Desde a minha infância nunca deixei de vir um ano. É uma festa marcante na nossa vida. Ontem quando estive aqui falei para o meu marido: ‘Que sensação boa de estar de volta nessa festa’. São tantas pessoas conhecidas, tantas famílias, foi emocionante”, disse.
Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município. Clique na opção preferida:
• Aproveite e inscreva-se no canal do YouTube