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Após início difícil, Comunidade Nossa Senhora Aparecida comemora 40 anos

Igreja do Guabiruba Sul conta hoje com cerca de 600 fiéis, que unidos colaboram para manter o local

A Comunidade Nossa Senhora Aparecida, do bairro Guabiruba Sul, celebra neste ano quatro décadas de uma trajetória marcada pela fé e a devoção em Deus. Nos dias 15 e 16 de outubro de 1977, com muita chuva e lama, acontecia a primeira festa da comunidade – propulsora de outros tantos acontecimentos marcantes que viriam pela frente.

A igreja foi um sonho de Catarina Kohler Petermann, que juntamente com outros três filhos (todos já falecidos) doou o terreno onde foi levantada a estrutura, na época, um galpão, onde ocorreu a festividade. Antes disso, os fiéis se reuniam para celebrações e missas onde hoje é a Escola Básica Municipal Professora Anna Othília Schlindwein.

Anselmo Petermann, 78 anos, filho de Catarina e também o primeiro presidente da comunidade, lembra que o desejo de sua mãe, em 1977 com 70 anos, era da construção da capela. Ela sempre foi devota de Nossa Senhora Aparecida e tinha o desejo de ter um espaço que pudesse unir todos pela união e pela fé. O padre Flávio Morelli, que hoje atua em Brusque, naquele ano também auxiliou com o início da comunidade.

“Me sinto feliz por ter colaborado com o sonho da minha mãe, falecida com 91 anos, e ter dado essa contribuição para a nossa comunidade”, diz Anselmo, que ressalta que a fé do povo fez com que a igreja existisse e se mantivesse até hoje.

“No começo, com toda aquela chuva e lama, eu falava que Nossa Senhora estava experimentando a gente. Mesmo com as dificuldades conseguimos chegar aqui, pois o povo nunca disse não”.

Debaixo de muita chuva e lama, em 15 de outubro de 1977 acontecia a primeira festa da comunidade Nossa Senhora Aparecida /Comunidade Nossa Senhora Aparecida/ Divulgação

Na ata da comunidade de 1977, um resumo de como foi aquele momento: “A preparação foi penosa, pois se enfrentou duas semanas de chuva antes da festa. Foi necessário o uso de um trator guincho para puxar o caminhão de areia e bebidas até o local, e a água teve que ser armazenada em latões. A festa foi um verdadeiro festival de chuva e lama. Não saiu ninguém limpo e nem seco”.

De lá para cá, a cada ano a festa transcorre na semana do dia 12 de outubro com uma programação diversificada e intensa. Carlos Alberto Petermann, neto de Catarina e presidente por dois mandatos da comunidade, conta que houve uma grande evolução no decorrer destes anos, tanto estruturalmente – do galpão até a igreja de alvenaria -, mas principalmente pela fé das mais de 600 famílias dizimistas.

“Sempre houve um grande envolvimento das pessoas com as questões da igreja. Graças à padroeira, o crescimento espiritual da comunidade é algo que nos deixa muito felizes”, afirma.

Festa em 2017
Neste ano a festa da comunidade aconteceu nos dias 7 e 8, com missa, churrasco e música, e tem continuidade hoje. No dia 6 teve venda de cucas. Na semana passada passaram pelo evento cerca de 2 mil pessoas e a expectativa é que nesta quinta-feira – dia de Nossa Senhora Aparecida -, mais 2 mil prestigiam a festividade.

Hoje, às 10h, tem missa, com procissão que sai da igreja matriz às 8h30 em direção à comunidade. Ao fim da celebração será servida macarronada de frango e carne com salada ao valor de R$ 15 e o tradicional churrasco. Haverá roda da fortuna e serviço de bar. Às 12h acontece queima de fogos e na sequência tem animação com a dupla Valmir e Volnei.