Após nove meses, corpo de mulher grávida que morreu carbonizada em Blumenau é liberado

Incêndio ocorreu em setembro de 2020 e, além da mulher grávida, matou também um homem

Após nove meses, corpo de mulher grávida que morreu carbonizada em Blumenau é liberado

Incêndio ocorreu em setembro de 2020 e, além da mulher grávida, matou também um homem

Após nove meses, enfim o corpo de Jaqueline Garvin, de 22 anos, foi liberado para o sepultamento em sua terra natal, a cidade de Herval d’Oeste, no Oeste de Santa Catarina.

Jaqueline estava grávida de seu companheiro, o venezuelano Ronald Ramires Boca Negra, de 33 anos. Ambos foram vítimas de um incêndio ocorrido na rua Alberto Koffke que, segundo laudo, foi motivado por ação humana indireta. A identificação foi realizada por meio de exame de DNA.

O corpo de Ronald segue no IGP e fontes indicam que dificilmente terá seu corpo reclamado, por ser venezuelano e ter origem humilde.

Relembre o caso

Corpo de Bombeiros/Divulgação

No dia 25 de agosto de 2020, o casal foi vítima de um incêndio que atingiu a casa onde eles estavam. A residência ficava localizada na rua Alberto Koffke, no Centro, em frente ao Clube 25 de Julho. Além disso, uma pessoa também ficou ferida.

No local moravam cerca de 15 pessoas. A casa mista tinha dois pavimentos. Boa parte dos moradores conseguiu sair do local. O incêndio ocorreu por volta das 3h30.

O casal morreu carbonizado. Além deles, dois cachorros que estavam no local também morreram.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o combate as chamas foi realizado por meio de três linhas de mangueiras com uso de três caminhões de incêndio. Foram utilizados, aproximadamente, 40 mil litros de água para extinção e rescaldo do fogo.

A perícia

O Corpo de Bombeiros concluiu o laudo pericial da causa do incêndio registrado no Centro de Blumenau no dia 25 de agosto deste ano, que deixou uma mulher grávida e o seu companheiro mortos. O incidente foi registrado na rua Alberto Koffke, e segundo laudo, foi motivado por ação humana indireta.

“A zona de origem do incêndio foi a cozinha, pequeno cômodo contíguo, onde ficava alojado o casal (…) As diligencias levaram a dois possíveis focos iniciais: vela deixada sobre a mesa ou panela esquecida em uma das chamas do fogão que se encontrava na cozinha”, apontou o documento.

O laudo também destaca a situação precária do imóvel, onde moravam dezenas de pessoas e não possuía energia elétrica. Os moradores utilizavam luminárias de emergência ou velas. Também havia um botijão de gás dentro da residência, que foi um dos propagadores do incêndio.

Corpo de Bombeiros/Divulgação

Ainda de acordo com os bombeiros, o homem que morreu chegou a conseguir sair da casa, pulando pela janela. Porém, como a esposa não conseguiu, pois estava com uma gestação já avançada, ele retornou para tentar resgatá-la.

Os dois faleceram no local e ambos os corpos ficaram em avançado estado de carbonização.


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