Após novo prejuízo, prefeitura estuda mudar Fenarreco em 2020; veja alternativas
Balanço oficial da festa foi divulgado na tarde desta sexta-feira
Balanço oficial da festa foi divulgado na tarde desta sexta-feira
A Secretaria de Turismo divulgou na tarde desta sexta-feira, 8, o balanço financeiro da 34ª Festa Nacional do Marreco (Fenarreco). Assim como no ano passado, a principal festa da cidade deu prejuízo.
O saldo negativo fechou em R$ 355.381,00. De acordo com os números apresentados pelo diretor de Turismo, Sidnei Dematé, as despesas da festa totalizaram R$ 1.203.023,66, já as receitas ficaram em R$ 847.642,00.
O prejuízo deste ano é 133% maior do que o da edição de 2018, quando a festa teve saldo negativo de R$ 152.041. Em contrapartida, o público na festa aumentou. Segundo o balanço, 96.623 pessoas passaram pelo pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof durante os 11 dias de festa. Em 2018, o público foi de 77 mil pessoas.
Entre os fatores que contribuíram para o prejuízo, de acordo com Dematé, está o fato de o valor do ingresso neste ano ter reduzido de R$ 25 para R$ 20. “Esses cinco reais já contribuem significativamente para a redução da receita”, diz.
Outro ponto observado por ele foi a redução de aproximadamente R$ 100 mil nas cotas da Cervejaria Germânia. “Fizemos um edital diferente do ano passado. Três cervejarias disputaram, incluindo a Germânia, que apresentou proposta para dois lotes. O último lote deu deserto, mas como não tinha mais tempo hábil para uma nova licitação, fechamos somente os dois lotes com a Germânia, no valor de R$ 251.100”.
O diretor de Turismo, entretanto, destaca que o consumo na festa foi superior ao ano passado. De acordo com ele, a venda de chope, por exemplo, foi 26% maior do que em 2018, com 48.767 copos comercializados.
O buffet livre do restaurante Schmitt também teve um crescimento: foram vendidos 8.786 buffets durante a 34ª Fenarreco. “A porção de marreco crispy também surpreendeu, no ano passado foram só 125 porções, neste ano, eles venderam 605”.
Questionado sobre de onde sairá os recursos para cobrir o prejuízo da festa, Dematé não soube afirmar com certeza, mas explicou que no orçamento há uma dotação orçamentária de R$ 1,9 milhão previsto para eventos e que, provavelmente, esses R$ 355 mil sairão desta dotação orçamentária.
Sidnei Dematé afirma que a secretaria já está pensando em alternativas para evitar que em 2020 a Fenarreco feche no vermelho mais uma vez. Para isso, a pasta está estudando três modelos.
O primeiro seria tornar a festa 100% pública, com entrada gratuita, a exemplo da Marejada, de Itajaí. Ele explica que é viável fazer desta forma se a festa conseguir um grande número de patrocinadores, que invistam recursos na festa. Nesta edição, a Fenarreco contou com o apoio da Havan, por exemplo, que destinou R$ 50 mil para divulgação na mídia.
“Esse valor acaba não entrando no fechamento final para as despesas. Por isso, a ideia é fazer um chamamento público das empresas para investirem na festa, ou então, parceria com a Fundação Cultural e tentar recursos da Lei Rouanet”, diz.
Outra opção levantada por ele é fazer a concessão da festa para a iniciativa privada, assim como acontece com a Festa do Pinhão, de Lages, por exemplo.
A outra forma que também é estudada é reduzir o valor do ingresso para R$ 10, mas fazendo a cobrança durante todos os dias da festa e em todos os horários. Atualmente, a cobrança de ingresso na Fenarreco acontece após as 16h30 nos fins de semana e feriado. Nos dias de semana, não há cobrança.
“São esses três modelos que estão sendo estudados. Começamos a discutir isso no Conselho Municipal de Turismo esta semana e ainda temos que amadurecer essas ideias”.