Após oito meses, buraco na rua Catarina Kormann continua sem solução

Prefeitura alega falta de dinheiro para obra; moradores acreditam que buraco aumentará no próximo período chuvoso

Após oito meses, buraco na rua Catarina Kormann continua sem solução

Prefeitura alega falta de dinheiro para obra; moradores acreditam que buraco aumentará no próximo período chuvoso

Após oito meses, o problema na rua Catarina Izabel Knihs Kormann, no loteamento Dona Ana, no bairro Souza Cruz, continua sem solução. Em outubro do ano passado, um buraco de cerca de três metros de profundidade surgiu no asfalto, à beira de um barranco, após as fortes chuvas que caíram em Brusque.

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Com isso, a via ficou parcialmente intransitável e, conforme aumenta, diminui o espaço para o acesso a residências da rua.
Porém, o problema não foi desencadeado no ano passado: existe desde 2008 e se agrava a cada período chuvoso. Antônio Raulino Petri, morador da rua, teme que o problema piore com a previsão de chuva acima da média para os próximos meses.

“Por enquanto tem chovido pouco e mesmo assim observamos que está cedendo gradativamente. O que nos preocupa é que se chover fortemente e em muitos dias essa situação vai piorar”, afirma Petri, que completa: “Nenhum gestor público voltou aqui para dar alguma satisfação do que pretendem fazer. Desapareceram. Nós queremos e esperamos que façam alguma coisa para corrigir esse problema sério, pois daqui um tempo não vou conseguir entrar na minha própria casa”.

Harlei Kormann, morador da rua há dez anos, diz que teme pela segurança das pessoas. “Um carro, com uma senhora, já chegou a cair. Como é o fim de uma rua, muitos veículos entram perdidos e podem se acidentar”.

Ele ainda diz que falta vontade para resolvê-lo. “Esperamos que os órgãos competentes tomem medidas para sanar essa problema, antes que aconteça algo pior. Acreditamos que não é tão complicado resolver o problema e nós, da rua, estamos à disposição para ajudar no que precisar”.

Sem solução definitiva

O diretor de Obras, Rúbio Steingräber, afirma que o problema não é de hoje e nem do ano passado, quando a situação se agravou devido à intensidade das chuvas. Ele conta que na ocasião, quando estava no Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), foi pessoalmente ver a obra. “Houve uma execução paliativa, cravaram estacas de eucalipto para tentar conter e recompor o material com a base e com o asfalto. Só que com a chuva forte esse material desceu inteiro e as estacas que estavam cravadas não conseguiram suportar o peso do material encharcado com a água”, explica.

O diretor afirma que o material secou e estabilizou e que hoje está normalizado. No entanto, com a chegada de um período chuvoso, pode descer novamente. Steingräber diz que o correto seria fazer um estudo do solo e abrir uma licitação para a execução de um projeto de contenção de encostas e executar a obra, por exemplo, com uma cortina de terra armada. “Isso resolveria o problema definitivamente, mas hoje não temos recursos financeiros para fazer, nem o projeto e nem a obra”.

Porém, o diretor se comprometeu a ir no local e verificar se o material está estabilizado, para tomar uma medida paliativa. “Prevendo as chuvas, faremos a avaliação do local para uma ação de momento. Gostaríamos muito de fazer algo definitivo, mas o nosso problema é financeiro”, reforça Steingräber.

O problema

Com a chuva, a água que cai na rua Catarina Izabel Knihs Kormann não consegue escoar e infiltra-se no solo argiloso de uma Área de Preservação Permanente (APP), vindo a desembocar na rua debaixo, a Andrino Bento Amorim. Com isso, abriu-se um buraco de aproximadamente três metros no asfalto da rua Catarina Kormann. A cada chuva que ocorre, o asfalto cede cada vez mais e o buraco aumenta.

Confira vídeo em que morador relata o problema da rua:

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