Após quase 40 anos, viveiro de Guabiruba suspende venda de mudas
Prefeitura decidiu suspender o serviço por entender que serviço não deve ser governamental
A comercialização de mudas no Viveiro Municipal de Guabiruba foi desativada há duas semanas. Por não ser economicamente viável e por indiretamente gerar uma competição com as cerca de dez agropecuárias do município, a prefeitura decidiu interromper as vendas, que até então aconteciam para a comunidade de forma subsidiada.
A decisão partiu da prefeitura após alguns apontamentos do Observatório Social de Brusque, que alertou, segundo o prefeito Matias Kohler, que não era finalidade municipal a comercialização das mudas. O viveiro atendia principalmente famílias, que compravam por valor inferior aos do mercado, além de escolas e creches.
“O viveiro não tinha um cunho comercial, era para a subsistência dos guabirubenses. Mas após sermos alertados pelo Observatório vimos que não condizia com o princípio da finalidade pública. Também percebemos que poderíamos minimizar custos da prefeitura e evitar concorrência desleal com as agropecuárias da cidade”, explica o prefeito.
Ele conta que alguns funcionários do viveiro se aposentaram e que os quatro colaboradores que trabalhavam no local estão atendendo outras demandas, principalmente as de manutenção de vias públicas. Segundo Kohler, neste começo há um desconforto por parte da população, já que havia o hábito de comprar mudas, no entanto, a situação tende a ser normalizada rapidamente.
O presidente do Observatório Social, Evandro Gevaerd, diz que o órgão sugeriu há um mês que a prefeitura pensasse melhor a contabilidade do viveiro. “Foi apenas uma questão contábil, onde sugerimos um aperfeiçoamento destas vendas”, explica.
O Viveiro Municipal funcionava desde 1978 e eram produzidas cerca de 5 mil mudas por mês, que eram disponibilizadas para a comunidade por um valor que auxiliava na manutenção do local. Haviam mudas florestais, como pinos e eucaliptos, palmeiras, flores para plantar nas áreas públicas e hortaliças.