Após quatro décadas, padre Adilson José Colombi publica sua última coluna no jornal O Município

Nesta terça-feira, 18, ele encerra mais um capítulo de sua vida, marcado por uma conexão literária com a comunidade

Após quatro décadas, padre Adilson José Colombi publica sua última coluna no jornal O Município

Nesta terça-feira, 18, ele encerra mais um capítulo de sua vida, marcado por uma conexão literária com a comunidade

Nascido em Botuverá, o padre Adilson José Colombi levou sua missão além das fronteiras locais, conquistando reconhecimento ao longo de sua trajetória na Igreja Católica. Nesta terça-feira, 18, ele encerra mais um ciclo de sua vida, marcado por uma conexão literária com a comunidade: a publicação de sua última coluna no jornal O Município, espaço onde atuou como uma voz influente desde a década de 1980.

Nos primeiros anos, a coluna era intitulada “A Palavra da Igreja” e passou por diferentes formatos ao longo do tempo.

Inicialmente, trazia avisos paroquiais, informações sobre a Campanha da Fraternidade e comunicados da igreja. Contudo, aos poucos, o Padre Adilson foi imprimindo sua personalidade, tornando o conteúdo mais reflexivo e autoral.

Nos últimos anos, a coluna abordava temas como filosofia, sociologia, cultura, religião, psicologia, história, entre outros.

Aos 82 anos, o Padre Adilson explicou que a decisão de encerrar as publicações foi motivada pelo agravamento de sua saúde, já que precisará passar por uma cirurgia.

“Acho bom parar por aqui. Esta será minha despedida dos leitores. Agradeço por tudo o que fizeram por mim e peço a Deus que abençoe cada um de vocês com os melhores favores”, disse Adilson.

Cláudio José Schlindwein, diretor geral do grupo O Município, lamentou a despedida e destacou que Adilson possui um desenvolvimento intelectual invejável, com uma base sólida de conhecimento, especialmente na área da filosofia.

“Ele usa essa base para interpretar a realidade cotidiana de uma maneira muito peculiar e específica, conseguindo traduzir fatos, muitas vezes complexos, de forma simples para os leitores do jornal O Município. Além disso, possuía uma visão diferenciada sobre as movimentações sociais e brindava os leitores com a oportunidade de abordá-las em sua coluna”.

Para a jornalista Juliane Ferreira, que acompanha os textos e a trajetória de Adilson há anos, ele sempre foi uma referência de sabedoria, sensatez e humildade, tanto na Igreja quanto na sociedade.

“Seus textos e homilias, marcados por clareza e equilíbrio, ensinaram a refletir com profundidade e pensamento crítico. Na comunicação, ele mostrou que saber ouvir é essencial para o diálogo. Com o fim de suas colunas neste periódico, fica a gratidão por seu legado, que continuará a inspirar novas vozes. Seu impacto permanecerá, ressoando por muito tempo”.

Trajetória

Padre Adilson José Colombi nasceu em 1942, no bairro Ribeirão Porto Franco, em Botuverá. Criado em uma família de agricultores, trabalhou na roça desde pequeno ao lado dos pais e 11 irmãos. Aos 6 anos e meio, iniciou os estudos e logo percebeu sua vocação religiosa, influenciado pelo ambiente familiar e pela participação ativa na igreja.

Ingressou no seminário em 1955, passando por Rio Negrinho e Corupá. Em 1962, recebeu a batina e continuou sua formação em Jaraguá do Sul e Taubaté, onde estudou Teologia. Foi ordenado padre em Brusque e, depois, exerceu seu ministério em Taubaté, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Em 1978, foi enviado a Roma para estudar Filosofia, concluindo o doutorado na Pontifícia Universidade Gregoriana. De volta ao Brasil, conciliou o sacerdócio com a docência na Febe (Unifebe), Furb e Faculdade São Luiz, lecionando Filosofia.

Desde 1981, dedicou-se à Paróquia São Luís Gonzaga, em Brusque, onde acompanhou a formação de novas comunidades e a transformação da cidade. Observou a evolução da sociedade, a modernização da comunicação e a crescente participação dos leigos na Igreja.

Por mais de 30 anos, padre Adilson manteve uma rotina intensa, dividindo-se entre aulas, atendimento à comunidade e celebrações. Atualmente, devido à idade e à saúde, reduziu suas atividades.


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Bar da Toca, no subsolo de restaurante, foi curioso point em Brusque no século 20:


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