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Após queda no período das eleições, procura por imóveis começa a aumentar em Brusque

Maioria das pessoas está em busca de casas com dois quartos, em áreas mais centrais

A procura por imóveis de dois quartos, principalmente de pessoas vindo de outros estados, é a mais comum em Brusque neste início de ano. As imobiliárias relatam que a mudança de governo federal diminuiu um pouco a procura inicialmente, mas que o mercado já está se estabilizando.

Gerente de locação da Ambrosi Imóveis, Fabrícia Kurtz conta que, no final do ano passado, depois das eleições, houve uma grande mudança, principalmente no aluguel comercial.

“Baixou bastante a procura nos meses de novembro e dezembro”. A partir de janeiro, porém, o panorama já começou a mudar. “Percebo já uma boa melhora, mesmo que imóveis mais baratos e de menor metragem. Isso pode representar que as pessoas estão cortando custos, o que é preocupante também por um lado, porque pode causar desemprego”, analisou.

Lourdete Ramos, proprietária da Imobitá, acredita que a retomada no mercado será gradual, mesmo com certas dificuldades na economia mundial.

“Houve uma certa espera para ver o que ia acontecer, as empresas esperaram para investir, mas as coisas estão normalizando. Esta já era a tendência. Claro que, a nível mundial, temos uma apreensão em relação à possibilidade de recessão, alta dos combustíveis e gerais dos preços e também em relação à guerra na Ucrânia”.

Proprietário da Imobiliária Atual, Inácio Allein relata um cenário parecido. “Comparado ao ano passado, diminuiu bastante. Acho que as pessoas estão inseguras, ficaram com receio em investir ou mudar por causa da mudança de governo”.

Imóveis mais desejados

Em relação ao aluguel residencial, a procura não cessou. “Hoje, o que está sendo mais buscado são casas em Brusque. Sabemos que temos um déficit grande de residências e, por isso, as pessoas estão buscando apartamentos de dois quartos. A maioria é gente de fora vindo para Brusque”, conta Fabrícia.

Famílias vindo de outros estados, principalmente Norte e Nordeste, em busca de melhores condições de vida e trabalho, são as que mais buscam imóveis em Brusque.

Na maioria das vezes, casas de dois quartos, com valores na faixa de R$ 300 mil e próximas ao Centro (com destaque também para apartamentos na região do Santa Terezinha nos primeiros meses por causa da Unifebe e da volta às aulas). são os imóveis mais procurados. O que não significa, porém, que há abundância dessas opções.

“O mercado não oferece muitos imóveis de menor valor. A procura maior é para o Centro, mas os valores são mais altos e aí não conseguimos atender a demanda. Então, há mais opções nos bairros. Se aluga com bastante facilidade, casas geminadas e opções mais em conta, principalmente de dois quartos”, explica Lourdete.

“Estão faltando opções dessas nessa região central. Então procuram Guarani e Dom Joaquim”, complementa Fabrícia.

O cenário atual ainda tem uma particularidade. Mesmo sem muitas opções para o perfil que as pessoas procuram, o valor dos aluguéis não subiu tanto nos últimos meses. “Aluguéis não estão acompanhando essa alta, mesmo faltando imóvel. O empresário não consegue aumentar os salários em relação à inflação e não é possível repassar aumento para os moradores”, explica a proprietária da Imobitá.

Ao mesmo tempo, as imobiliárias relatam uma procura considerável de imóveis de grande valor. “Está bem instável a situação, pouco definida. Estão buscando imóveis com um custo mais baixo, mas ao mesmo tempo também tem procura de imóveis de alto padrão. Está bem atípico”, analisa a gerente de locação da Ambrosi.


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