Após reforma, biblioteca da escola Doutor Carlos Moritz atrai mais leitores
Alunos ficaram encantados pelo local e agora passam os intervalos imersos nas histórias
Após 11 meses, a reforma na biblioteca da Escola de Ensino Fundamental (EEF) Doutor Carlos Moritz, no bairro Zantão, foi entregue aos alunos que lotam a sala no intervalo. O projeto foi desenvolvido pelo voluntário Bernardo de Nardi, que além de angariar novos títulos para o local, convidou a amiga Isabela Gilli, estudante de Arquitetura e Urbanismo e responsável pelo novo layout do local.
O projeto foi iniciado em abril do ano passado e a escola esperava que o local estivesse pronto já no início do ano letivo. No entanto, a demora de alguns fornecedores de móveis atrasou a entrega da nova biblioteca.
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Com a intensa curiosidade dos alunos, o diretor da escola, Thiago Alessandro Stiess, decidiu liberar a entrada dos estudantes aos poucos para que eles conhecessem o local. A reação deles foi de surpresa.
“Foi um espanto. Eles falavam ‘que coisa linda, nunca vi tão bonita’. Eram falas encantadas e os olhos cheios de lágrimas”, relembra.
Além de um local novo e aconchegante, o colégio trouxe novidades para tornar o ano letivo dos alunos mais atrativo. Na biblioteca serão realizadas oficinas, contações de história e os alunos farão decorações temáticas.
Outra novidade é que agora haverá um sistema informatizado para o empréstimo de livros. Antigamente, tudo era catalogado à mão em um caderno. O diretor também recebeu pedidos dos pais quando conheceram o novo local, de que queriam pegar livros emprestados, situação que será possível com o novo sistema.
“A gente informatizando tudo, conseguiremos fazer o cadastro da família, então a ideia é que os pais também tenham acesso à biblioteca”, revela.
Segundo Stiess, o local serve para aprender de uma forma diferente e a ambientação após a reforma deixa isso mais claro. Foi feito um palco no centro da biblioteca e ali serão feitas as oficinas e contações de histórias.
Segundo o diretor, hoje as crianças pedem para ficar na biblioteca. Inclusive, o ambiente que antes era fechado durante o intervalo, agora fica abarrotado com tantos estudantes.
Com o projeto desenvolvido pelos voluntários, o acervo da biblioteca também aumentou. Por meio da gincana do Colégio Cônsul Carlos Renaux, foram doados mais de 800 livros e a gincana dos alunos do Senai ultrapassou 2 mil exemplares que foram doados à biblioteca. Além disso, algumas pessoas da comunidade deram os livros que estavam guardados.
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O diretor afirma que agora a intenção é colocar mais almofadas para deixar o local ainda mais confortável, mas essa novidade está sendo conversada com a Associação de Pais e Professores (APP).
O projeto custou aproximadamente R$ 15 mil e por ser uma escola pública, o diretor afirma que seria difícil tirar do papel e torná-lo real. Os voluntários foram fundamentais, pois além de criarem todo o projeto, também realizaram eventos para arrecadar dinheiro. “Não foi usado dinheiro da Secretária de Educação e nem da APP. Sem a ajuda dos voluntários e das parcerias, não teríamos concretizado esse sonho”, finaliza.