Após retomada das cirurgias eletivas, mais de 1,8 mil operações foram realizadas em Brusque em 2021

Secretário de Saúde diz que apenas 300 pessoas devem ficar na fila para o próximo ano

Após retomada das cirurgias eletivas, mais de 1,8 mil operações foram realizadas em Brusque em 2021

Secretário de Saúde diz que apenas 300 pessoas devem ficar na fila para o próximo ano

Mais de 1,8 mil pessoas já foram operadas em Brusque desde a publicação da portaria que autorizou o retorno das cirurgias eletivas, em maio deste ano. Além disso, desde outubro a prefeitura realiza uma campanha para dar vasão ao número de pessoas que ainda aguardam na fila.

A intenção é diminuir a lista de cirurgias até o fim de dezembro. O secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza esclarece que cerca de 300 pessoas devem ficar na fila das operações para o próximo ano. “Apesar da pandemia, nós fazíamos as cirurgias em menor escala, mas agora é um mutirão mesmo”, diz.

Cirurgias represadas

Segundo ele, o ano começou com cerca de 2,1 mil cirurgias gerais represadas, e já foram realizadas mais de 1,8 mil operações. O número contabiliza as cirurgias realizadas nos hospitais Azambuja e Dom Joaquim. “A parte de cirurgia ocular, de catarata, nós estamos com a fila zero. Chegou e já opera em seguida”, salienta.

O secretário pontua que as cirurgias com mais demanda são a catarata, retirada de vesícula e hernia inguinal. Além disso, também constam na fila as cirurgias urológicas e as pediátricas, que começaram a ser realizadas no município. Segundo Osvaldo, são realizadas em média de seis a nove operações em crianças a cada 15 dias.

“Em uma semana a equipe faz a consulta e na outra semana já opera. Lembrando que essas crianças eram operadas antes em Blumenau. Agora elas são operadas aqui. O mais comum é a hernia inguinal, a umbilical e a criptorquidia, ou seja, para operar os testículos que ficaram escondidos”, salienta.

Mais recursos para 2022

Ele ainda afirma que não será possível zerar a fila em 2021 devido ao fim do ano. “Faltam praticamente 15 dias úteis no mês, depois temos o recesso de fim de ano e o serviço passa a funcionar somente com as emergências”.

No entanto, ele acrescenta que Brusque ficará com um número reduzido de cirurgias pendentes.”Vemos que de 2,1 mil cirurgias nós fizemos praticamente 90% das cirurgias represadas em um ano de pandemia, que nem acabou ainda. São números robustos e expressivos que conseguimos fazer apesar do gasto importante que tivemos com a Covid-19 e as UTIs”, diz.

Para o próximo ano, o secretário acredita que as cirurgias devem aumentar, pois entrará em vigor a Política Hospitalar Catarinense (PHC), que permitirá mais investimentos nos hospitais.

“Haverá um incentivo e incremento financeiro que vai aumentar a capacidade de investimento dos hospitais. Tendemos a praticamente dobrar essa capacidade tanto no hospital Azambuja quanto no Hospital Dom Joaquim. Eles vão receber também uma verba para isso e eles mesmos vão poder realizar o pré e pós operatório, já tirando um pouco do ônus da Secretaria de Saúde, pois vão receber no pacote os valores correspondentes”.

O secretário acredita que com isso será possível dar mais celeridade ao processo. Ele complementa que agora só faltam os hospitais aumentarem a capacidade instalada. “Já tem planos dos hospitais Azambuja e Dom Joaquim aumentarem o centro cirúrgico. No ano que vem o Azambuja vai começar a construção da nova torre que vai abrigar a UTI neonatal e dez salas cirúrgicas. As expectativas são muito boas”, finaliza.


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