Após suspensão de emendas e Plano 1000, Guabiruba inicia obras com recursos próprios
Decreto que suspende envio de recursos foi publicado em 28 de dezembro de 2022
Com recursos próprios, a Prefeitura de Guabiruba iniciou obras que antes seriam custeadas por meio de emendas parlamentares. Segundo o prefeito Valmir Zirke, tanto o envio de valores pelas emendas quanto pelo Plano 1000 foram suspensos.
Zirke detalha que, antes de finalizar o mandato, o ex-governador Claros Moisés publicou a portaria Nº 566/SEF, do dia 28 de dezembro de 2022. O texto suspendeu o envio de recursos de diversas emendas parlamentares. Além disso, a expectativa de envio de recursos do Plano 1000 até o fim de 2022 não foi cumprida.
“Infelizmente, aquilo que se falou e prometeu ficou mais uma vez na gaveta. Tivemos a perda de recursos de R$ 1,5 milhão do abatedouro. Tivemos a promessa desse recurso pelo deputado João Amin e o governador só teria que pagar. No final do ano ele fez um decreto para o não pagamento dessas emendas. Isso não quer dizer que não vamos fazer, a gente contava com esse dinheiro, mas daqui a pouco vamos fazer com recurso do município”, conta.
O prefeito aponta que o projeto do abatedouro municipal está pronto e o município já possui as licenças necessárias. Porém, antes da obra ser licitada o recurso foi suspenso. Conforme Zirke, havia a possibilidade deste valor ser descontado do Plano 1000, o que também não foi efetivado no município.
Outras ações impactadas pela portaria foram o projeto de pavimentação e obra de contenção da rua Francisco Debatin, um investimento de em torno de R$ 2 milhões; e a revitalização da rua São Pedro, no trecho até a entrada das ruas Lorena e Alsácia, orçado em R$ 4,5 milhões.
A obra na subida da rua Planície Alta também seria paga por meio da mesma modalidade de transferência. Entretanto, ela já havia sido licitada e a Prefeitura iniciou os trabalhos no local com recursos próprios do município. Trata-se de um investimento de R$ 920 mil.
“Nós, inclusive, estamos executando as obras, pois não dá para esperar. Uma empresa boa venceu a licitação, e não queríamos correr o risco de abrir uma nova licitação, pois isso requer tempo de trabalho. E achamos melhor custear com o recursos do município”, explica.
Também é o caso da obra nas ruas Selma Debatin e Theodoro Kormann, ao lado da prefeitura, no valor de R$ 640 mil, que também já foi licitada e a administração municipal tem a intenção de executá-la com recursos próprios. Zirke completa que a Prefeitura deve custear o portal do bairro São Pedro, outra obra já licitada que contaria com recursos do Estado que foram suspensos pela portaria.
Recursos suspensos
Zirke pontua que as obras já tinham sido anunciadas, pois os recursos foram prometidos. “É uma pena, não somente para Guabiruba, outros municípios estavam aguardando aquilo que foi prometido, nada a mais. Nós divulgamos e levamos aos moradores aquilo que seria feito e infelizmente não aconteceu”, diz.
“Não tem como entender [o porquê do corte], pois tem municípios que falaram que choveu dinheiro. Talvez os que mais vestiram a camisa para ele [Carlos Moisés]. Talvez aquilo que ele dizia que o recurso existia, ao anunciar o Plano 1000, não era verdade. Se o dinheiro estava no cofre, automaticamente ele teria sido pago, inclusive dessas emendas que os deputados indicaram para Guabiruba”, questiona.
O prefeito afirma que, em uma conversa com os deputados, os parlamentares disseram não entender a situação, que ficou sem resolução.
“O dinheiro do Plano 1000 viria em boa hora para Guabiruba, que era mais de R$ 24 milhões, pagos em 5 anos. Ele pode ainda vir, se o governador Jorginho Mello entender que isso seja bom aos municípios e der continuidade. Não com o mesmo nome, o para nós não interessa. O que interessa é o dinheiro vir para os cofres da Prefeitura”, finaliza.
No futuro, os recursos do Plano 1000 deveriam viabilizar as obras de revitalização dos bairros Centro e Lageado.
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