Após três anos, volta a crescer número de acidentes na rodovia Ivo Silveira em 2021; veja dados
Levantamento analisou os dados da Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina dos últimos 10 anos
Levantamento analisou os dados da Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina dos últimos 10 anos
Os números de acidentes na rodovia Ivo Silveira voltaram a crescer em 2021 após três anos de quedas. Ao todo foram 87 ocorrências, sendo três delas com mortes. É o que aponta o levantamento com os dados da Polícia Militar Rodoviária (PMRv).
Além disso, os números também mostram que nos últimos 10 anos, a via que conecta Brusque e Gaspar registrou mais de 1 mil acidentes com 638 vítimas envolvidas. Neste período, 26 pessoas perderam a vida na rodovia, resultado de 24 acidentes com óbitos.
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Em 2018, o trecho contabilizou 89 colisões, número que caiu para 64 no ano seguinte e 57 em 2020. Em contrapartida, o número de acidentes com óbitos aumentou neste período, sendo um em 2018, dois em 2019 e três em 2020. Além disso, as mortes, que desde 2016 eram registradas apenas duas por ano, aumentaram para três a partir de 2020.
No mesmo período, a rodovia Antônio Heil registrou 70 óbitos em 61 acidentes com mortes. Ao todo, nesses 10 anos foram contabilizados 1,7 mil acidentes no trecho que liga Brusque a Itajaí.
Desde 2017, o trecho não registra mais de 200 acidentes por ano. O destaque foi para 2020 com apenas 96 ocorrências. Já no ano passado, o número subiu para 112, com apenas três mortes, o menor número de vidas perdidas desde 2016, com dois óbitos.
A duplicação foi entregue em 2020 e desde então o número de acidentes com mortes e de óbitos na rodovia apresenta queda.
Para o 1º Tenente PM Leonardo Pires Oliveira, comandante da 3ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMR), o trânsito seguro depende da coexistência de três fatores: engenharia – com vias e veículos adequados e seguros; esforço legal – atividade legislativa e fiscalizadora; e a educação – com a propagação do trânsito seguro e a conduta adequada dos motoristas.
“A duplicação de um trecho rodoviário, aliado aos demais fatores, tem influência na segurança viária e na redução de acidentes, em especial na gravidade destes, pois reduz, a praticamente zero, a possibilidade da ocorrência de um tipo de sinistro de trânsito responsável por grande parte dos acidentes graves: colisão frontal”, avalia.
Segundo o tenente, os acidentes são mais frequentes pelo excesso de velocidade desrespeito a sinalização, embriaguez ao volante e ultrapassagens perigosas. A exceção são para as ultrapassagens, “uma vez que por questões conceituais estas só ocorrem em rodovias de pista simples e sentido duplo”.
Ele ainda pontua que esses fatores estão presentes em grande parte dos acidentes de trânsito, independentemente do trecho rodoviário ser duplicado ou não. “Denotam o principal fator motivador de sinistros de trânsito: a conduta irregular e irresponsável do condutor”.
O comandante ainda acrescenta que a falta de manutenção nas estradas é um ponto que pode influenciar na ocorrência de acidentes. “No entanto, há que se reforçar que o principal motivador ainda assim é a conduta daqueles que trafegam pela via”, finaliza.
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