Aprovada redução na tarifa do gás natural em Santa Catarina
A indústria, principal consumidor no estado, terá desconto médio de 15% no insumo
A diretoria da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) aprovou na quinta-feira, 9, a redução na tarifa do gás natural no estado. A informação foi repassada ao governador Raimundo Colombo e deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias. O pedido de redução foi feito pela SC Gás e deve garantir um desconto médio de 15% para a indústria, principal consumidor no estado, além de descontos para todos os outros setores também.
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A redução tarifária, mesmo em período de alta no dólar, está associada a cestas de óleos internacionais, fator que afeta a composição do preço do gás natural no estado de acordo com o contrato de concessão.
A medida beneficia mais de 220 indústrias de diversas regiões de Santa Catarina com a queda dos custos de produção, já que o gás natural é parte importante na geração de energia dos processos produtivos. Outros mercados, como o veicular (GNV), residencial e comercial também terão redução na tarifa, atingindo cerca de 100 mil consumidores catarinenses.
A Irmãos Fischer foi a primeira indústria de Brusque a utilizar o gás natural em sua produção. O diretor da empresa, Edemar Fischer, afirma que qualquer redução de energia de consumo afeta diretamente a produção. “É muito prudente essa queda na tarifa. Nos ajuda muito, principalmente porque estamos atravessando uma situação complicada, com queda no consumo. Com a queda na tarifa, com certeza, poderemos ter um alívio nas contas”, diz.
Fischer destaca ainda os benefícios da utilização do gás natural. “É uma energia limpa que sempre está disponível. Às vezes, as empresas ficam inibidas em utilizar o gás natural em função dos valores das tarifas, mas com essa queda, se torna atrativo novamente e uma opção para as indústrias”.
O presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Halisson Habitzreuter, afirma que qualquer redução de tarifa é de suma importância para as empresas, no entanto, o efeito que está redução, em especial, trará para Brusque ainda é incerto. “Ainda são poucas empresas que utilizam o gás natural na cidade. Houve uma época que teve a migração, mas depois elas acabaram retornando para a caldeira comum devido ao alto custo. Claro que este reajuste é bem-vindo, mas depende muito do tipo de empresa”.