Área Azul teve prejuízo de mais de R$ 147 mil em 2019

Mesmo com déficit, CDL pretende continuar a frente do estacionamento rotativo no município

Área Azul teve prejuízo de mais de R$ 147 mil em 2019

Mesmo com déficit, CDL pretende continuar a frente do estacionamento rotativo no município

Relatório obtido por O Município junto a Câmara de Vereadores, mostra que a Área Azul em Brusque dá prejuízo para a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), responsável pela gestão do sistema de estacionamento rotativo na cidade.

De acordo com o relatório, em 2018, a Área Azul teve uma receita de R$ 156.151,40, somados as irregularidades/advertências, taxas administrativas e tickets de estacionamento. Porém, a despesa total para manter o serviço em 2018 foi de R$ 204.235,99, ou seja, o ano fechou com um déficit de pouco mais de R$ 48 mil.

No ano passado, o prejuízo foi ainda maior. De janeiro a dezembro de 2019, a Área Azul teve um déficit de R$ 147,4 mil. Nos 12 meses do ano, a CDL arrecadou R$ 215.444,90, no entanto, a despesa neste período foi de R$ 362.927,38.

Em 2019, segundo o relatório, os meses com maiores déficits foram agosto, outubro e dezembro: R$ 26,7 mil, R$ 30,1 mil e R$ 50,4 mil, respectivamente. O único mês que fechou no azul foi abril, quando a CDL arrecadou R$ 17,4 mil e teve uma despesa de R$ 15,8 mil.

Entre as despesas da Área Azul estão o pagamento do salário, vale-alimentação e transporte dos monitores, treinamentos e cursos dos funcionários, além de despesas administrativas como telefone e internet e material de expediente.

“Mal necessário”

O presidente da CDL, Fabrício Zen, afirma que mesmo dando prejuízo, a entidade acredita que esta é a melhor forma de gerir o estacionamento rotativo, por isso, pelo menos no momento, não há intenção de a CDL deixar de administrar o sistema.

De acordo com ele, se a CDL deixar de fazer a gestão da Área Azul, uma das possibilidades é de que a prefeitura tenha que abrir uma licitação para contratar uma empresa terceirizada para gerir o sistema. Com isso, o valor da hora, que hoje é R$ 1, certamente teria reajustes, o que não seria bom nem para o usuário e nem para o comércio.

“Brusque tem uma frota considerável de veículos. A gente vai deixar uma empresa de fora vir, tomar conta do estacionamento e aí o lojista não terá mais como opinar, não terá mais esse controle. Com certeza o custo não seria R$ 1”, diz.

O presidente da entidade diz que o objetivo é trabalhar para equilibrar as contas em 2020, para isso, o planejamento é buscar uma gestão mais eficiente, reduzindo custos.

Para cobrir o prejuízo gerado pela Área Azul, Zen destaca que a CDL acaba tirando de outros serviços oferecidos pela entidade a seus associados. 

Como o serviço ficou inativo em Brusque em dezembro e janeiro, a CDL vai avaliar como o serviço se comportará em fevereiro, principalmente em relação aos 15 minutos de tolerância que estão de volta após polêmica no ano passado.

“Nos dois meses que ficamos sem Área Azul, bancamos o custo da equipe, temos 13 servidores e nós bancamos eles. Acredito que é um mal necessário. Estamos trabalhando este mês, vamos ver como vão ficar os números com os 15 minutos de tolerância e, em cima disso, procurar fazer o trabalho de gestão e buscar o equilíbrio ou menor déficit”.

O presidente da entidade diz ainda que nesses dois meses em que o serviço ficou paralisado, foi feito um trabalho de conscientização com os lojistas que entenderam a necessidade do serviço.

“Temos os exemplos de outras cidades, em que a terceirização não foi positiva. Isso nos mostra como é ruim para o comércio e para o cidadão que uma empresa terceirizada gerencie o estacionamento, porque acabamos ficando reféns”.

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