Ari Vequi comenta projeto de Ciro Roza para Cristalina: “não pode ser usado para licitação”
O prefeito em exercício de Brusque, Ari Vequi, afirmou que o documento apresentado na edição de ontem do jornal O Município pelo ex-prefeito Ciro Roza não se trata de um projeto.
Segundo ele, o que Ciro apresentou é um diagnóstico prévio, uma espécie de anteprojeto, elaborado em 2007 para buscar recursos junto ao governo federal. Vequi afirma que o tal “projeto” não tem o mesmo nível de detalhamento de um projeto executivo utilizado para licitação.
Vequi diz que é impossível elaborar um projeto para uma Estação de Tratamento de Água (ETA) sem saber qual será o terreno.
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“Se é projeto, onde está a sondagem? A topografia? O terreno? Para falar que tem projeto, tem que ter elementos”, questiona. Ele afirma que não é possível falar sem base e “desqualificar a administração municipal”.
O prefeito diz que o próprio Ciro reconheceu que a atual gestão nunca teve acesso ao documento de 2007. Vequi afirma, ainda, que o projeto de Roza não é detalhado porque se trata de um estudo prévio. “O nosso projeto é claro, tem a compra do terreno, a outorga de água”.
Especialistas no assunto ligados ao Samae ouvidos por O Município esclarecem que, neste caso, os argumentos de ambos estão embasados em épocas diferentes. No caso de Roza, se trata de um projeto básico que foi elaborado para ser enviado para captação de recursos, mas não havia terreno definido, mas apenas uma simulação.
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Na época, no entanto, o consenso era de que esse material, readequado, até poderia servir para ser licitado para execução da estação de tratamento. Hoje, no entanto, os tempos são outros.
A legislação mudou e a prefeitura não poderia, jamais, utilizá-lo para licitar a obra, sendo obrigada a contratar um projeto executivo, exatamente como acaba de fazer.
Vequi também nega que a troca de farpas entre os dois seja uma briga de cunho político-partidário.
“Não existe briga política, é uma questão técnica do município”, diz. Vale lembrar que o ex-prefeito Ciro Roza foi o grande padrinho político de Vequi e Jonas Paegle nas eleições. Ciro chegou a ser chefe de gabinete da prefeitura, mas saiu depois de decisão judicial.