Ari Vequi vai decidir em 2023 se permanece ou deixa MDB
Após discordâncias durante as últimas eleições, a relação entre o prefeito de Brusque, Ari Vequi, e o MDB segue abalada.
Vequi discordou das escolhas do partido de apoiar o então governador Carlos Moisés (Republicanos) à reeleição e lançar Celso Maldaner como candidato ao Senado e manteve sua posição de apoiar Jorginho Mello (PL) e Jorge Seif (PL), que foram eleitos.
Além disso, a candidatura do vereador Deivis Junior (MDB) a deputado federal criou ainda mais rusgas entre Vequi e o partido. O prefeito apoiou o ex-presidente da Câmara de Brusque, Alessandro Simas (PP), ao cargo e ficou insatisfeito com o apoio de Antídio Lunelli, prefeito de Jaraguá do Sul e nome forte do partido, a Deivis. A partir daí, ele passou a cogitar a saída do MDB.
Vequi afirma que a diretoria estadual do partido “retomou o juízo” com o apoio a Jorginho e a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições. Para o prefeito, a condução do ex-presidente do partido Celso Maldaner durante a eleição foi equivocada.
“Fui funcionário do ex-senador Casildo Maldaner, vivi com a família por muitos anos, mas tive um desentendimento com o Celso porque apoiaria primeiro o Luciano Hang e depois o Jorge Seif, ele não aceitou”, conta. “Ele mesmo sentiu que sua condução foi equivocada e deixou o cargo. O vice Edinho Bez também decidiu não assumir, e o deputado federal Carlos Chiodini assumiu a presidência da comissão provisória”.
O prefeito relata que já teve várias conversas com Chiodini, que apelou para que Ari continue no partido, mas a decisão ainda não foi tomada.
“Não digo que saio ou fico, há convites de outros partidos e estou avaliando. Mesmo se eu sair do partido, o MDB não sai de mim, são mais de 30 anos de história, tenho muitos amigos na capital e também aqui em Brusque, além da relação com o ex-governador Luiz Henrique. O partido fez muito bem para Santa Catarina. Se o estado está assim hoje, é muito pelo trabalho do MDB. Temos pessoas muito corretas no partido aqui em Santa Catarina”.
Ele afirma que a decisão de ficar ou sair do MDB será tomada ainda em 2023. “Tenho uma amizade pessoal com o Jorginho Mello, apoiei a candidatura dele, entendendo que era o melhor para o estado. Vou analisar e decidir ainda neste ano, pensando também no processo de reeleição. No momento certo, vou decidir se vou em busca de mais um mandato, tem que ser natural e não forçado”.
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