Articulação política quer garantir rejeição das contas de Ciro Roza na Câmara
Forças políticas do município estão se aglutinando em torno de um notório fato que, em breve, dominará a pauta da Câmara de Brusque: a votação das contas de 2002, 2007 e 2008 do ex-prefeito Ciro Roza (PSB).
As contas terão que ser analisadas novamente a mando do Tribunal de Justiça, o qual entendeu que, quando da votação anterior, ele não teve respeitado o seu direito de defesa no processo. A decisão está, novamente, nas mãos do Legislativo.
O interesse se dá no sentido de inviabilizar o crescimento do nome de Ciro Roza nas vésperas da eleição. Há um movimento no sentido de pressionar os vereadores a manter o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) pela rejeição das contas.
Isso, na visão dos articuladores da empreitada, impediria que Ciro se fortalecesse para os próximos pleitos e, além disso, também evitaria até mesmo sua participação, tendo em vista que a rejeição de contas pelo parlamento é causa de inelegibilidade.
Em todo caso, não é preciso muito esforço para identificar, nesse processo, quais serão os votos técnicos e quais serão os votos políticos.
Os documentos do Tribunal de Contas contém farto seio probatório dando conta de que, nos anos já citados, o ex-prefeito cometeu ilegalidades no trato dos recursos públicos, sendo improvável que apareça alguém, com discurso técnico, a questionar o parecer da Corte de contas.