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Árvore mantida por morador do Azambuja há 25 anos é cortada pela prefeitura

Corte foi realizado na manhã desta quinta-feira

Os moradores da rua Azambuja, bairro de mesmo nome, foram surpreendidos na manhã desta quinta-feira, 30, pelo corte de uma árvore que fazia parte da paisagem do local há muitos anos.

Proprietário de uma borracharia nas proximidades, Antônio Paloschi, 65 anos, era quem cuidava da árvore há mais de 25 anos.

Na manhã desta quinta-feira, ele foi acordado com o barulho das máquinas que iniciavam o corte. O morador foi até o local conversar com os servidores da Secretaria de Obras e tentar entender o motivo pelo qual a árvore estava sendo cortada, mas de acordo com ele, não foi ouvido.

“Desci correndo pra ver o que estava acontecendo, tentei impedir, mas nem quiseram ouvir. Nem pararam o motor para falar comigo”, conta.

Antônio destaca que há anos era o responsável por manter a árvore bem cuidada. “Eu botava uma escada de seis metros ali pra adubar as orquídeas. Agora está tudo perdido”, afirma.

O morador lembra que a árvore de grande porte era a única que havia restado na rua. “O trecho até a Funerária Estrela tinha algumas árvores e foram cortando. E de repente, antes que eu imaginasse, cortaram esta também”.

Antônio afirma que com frequência solicitava para a equipe que faz a manutenção da praça do Azambuja para fazer a poda da árvore, mas a resposta era que não havia autorização.

“A árvore não estava atrapalhando a fiação, só temia que alguns galhos pudessem cair, por isso que eu pedia a poda, mas chegaram aqui e simplesmente cortaram. Uma poda bem feita bastava. Agora a árvore não volta mais. Se ela estivesse causando um problema, ainda era de se discutir alguma solução, mas chegar e cortar de repente, acho um crime”, pontua.

De acordo com o botânico Anderson Kassner Filho, pelas imagens, a árvore cortada se trata de uma sibipiruna (Poincianella pluviosa), uma espécie que não é nativa de Santa Catarina e ocorre somente em outras regiões do Brasil.

O que diz a Secretaria de Obras
Questionado pela reportagem, o secretário de Obras, Ricardo de Souza, afirma que o serviço foi realizado porque a árvore estava oferecendo riscos. “Ela estava com o tronco podre, envergada, quase caindo. Era um risco para quem passava pelo local”, diz.