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Árvores da Beira Rio poderão ser transferidas

Ciclistas e vereadores querem que plantas fiquem na margem do rio Itajaí-Mirim

Após serem centro de polêmica na Câmara de Vereadores de Brusque por duas semanas, as ciclofaixas continuam pautando as discussões do Legislativo. Se depender da vontade dos ciclistas de Brusque e da Câmara, as árvores que ficam na calçada da avenida Bepe Roza, a Beira Rio, serão transferidas para a lateral, na margem do rio Itajaí-Mirim. O vereador Jean Pirola (PP) apresentou requerimento da última sessão do parlamento brusquense solicitando à prefeitura que transfira as plantas.

Pirola afirma que já na gestão passada, de Paulo Eccel, ele havia sugerido a transferência das árvores para a lateral, fora da pista de circulação dos ciclistas. Para ele, as plantas acabam sendo obstáculos para os ciclistas, porque ficam no meio do caminho, e também porque tem a pista podotátil para deficientes visuais – que também é prejudicada.

No ano passado, uma foto com uma árvore no meio de uma ciclofaixa circulou nas redes sociais e virou motivo de chacota. Na época, diz Pirola, ele procurou o secretário de Obras, Gilmar Vilamoski, que é do mesmo partido dele, porém, a administração municipal não quis acatar os pedidos de mudança. “Era uma ideia deles, e eles não aceitavam outras opiniões”, aproveita para alfinetar a gestão passada Pirola.

Segundo o vereador, com a mudança de gestão ele foi procurado por ciclistas, vários deles, destaca, pedindo, novamente, a transferências das árvores. “Às vezes, o ciclista tem que sair da ciclofaixa e ir para o lado dos carros por causa das árvores”, afirma. Para ele, isto causa um risco desnecessário de acidentes. Outro ponto levantado por ele é com relação à visibilidade da via. Neste momento, as árvores são pequenas e não atrapalham, contudo, quando ficarem grandes os seus galhos poderão impedir a visão completa de motoristas que passem pela avenida Beira Rio.

Justamente porque as árvores são pequenas é que ele pede que sejam transferidas sem demora. Ele afirma que do lado da calçada elas não estarão cercadas por um cone de cimento e poderão crescer melhor e mais fortes, com raízes maiores. “A sombra para o pedestre continua”, afirma.

O presidente do Fórum da Bicicleta, Edson Hoffmann, diz que a entidade apoia totalmente a medida. “Foi o nosso primeiro questionamento na reunião do ano passado. O Fórum da Bicicleta se posiciona favorável desde que não se perca as árvores”, afirma. Pirola garante que o objetivo não é retirar, mas sim transferir as plantas. O vereador Valmir Ludvig, do oposicionista PT, também apoia a iniciativa de Pirola.
Viabilidade

O superintendente da Fundema, Cristiano Olinger, afirma que ainda não recebeu nenhum tipo de solicitação neste sentido e por isso não pode falar sobre a viabilidade de uma transferência em massa das árvores. “Após receber, vou verificar a situação com o nosso engenheiro florestal”, diz. Segundo Olinger, “se for para o bem e tiver a possibilidade” o pedido será atendido.
O secretário de Obras, Miguel Comandolli Júnior, não foi localizado até o fechamento desta edição.