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As serpentes que “veneram” Nossa Senhora

O Papa Francisco nos ofertou em 2015, com a Encíclica Laudato Sì, baseada na espiritualidade de São Francisco de Assis. Nessa encíclica, o Papa dá uma orientação para todos os seres humanos de boa vontade e principalmente os cristãos para cuidar, para zelar, para respeitar a Criação. E, denomina esta Criação divina em a Nossa […]

O Papa Francisco nos ofertou em 2015, com a Encíclica Laudato Sì, baseada na espiritualidade de São Francisco de Assis. Nessa encíclica, o Papa dá uma orientação para todos os seres humanos de boa vontade e principalmente os cristãos para cuidar, para zelar, para respeitar a Criação. E, denomina esta Criação divina em a Nossa Casa Comum. Porque temos entre nós, seres naturais, um “certo parentesco”. Era por isso que São Francisco rezava, cantava “irmão Sol”, “irmã Lua”, “irmão lobo” e assim por diante.

No dia 15/08, semana passada, portanto, li esse fato, em plataforma da Redação Central da ACIdigital que achei interessante, se relacionado e lido à luz da encíclica Laudato Sì. Justamente, por acontecer sempre na semana do dia 15/08, dia da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Aqui, no Brasil essa Solenidade, agora, é celebrada no domingo seguinte. Mas, na Europa, continua no dia 15/08. Vamos ao fato, como foi exposto. Eis o texto:

“Todos os anos, nos dias que antecedem a festa da Assunção de Nossa Senhora, dezenas de serpentes chegam a um mosteiro ortodoxo na Grécia para “venerar” a Mãe de Deus.

Há centenas de anos estas serpentes negras aparecem na ilha de Cefalônia (Grécia) e chegam ao mosteiro da Dormição da Virgem entre os dias 5 e 15 de agosto, dias nos quais a Igreja Ortodoxa celebra a dormição da Theotokos (Mãe de Deus) e que coincide com a festa católica da Assunção de Nossa Senhora.

Segundo a tradição, este acontecimento incomum começou em 1705, quando as religiosas do mosteiro estavam prestes a serem atacadas por piratas.

A história conta que as religiosas rezaram fervorosamente a Nossa Senhora, pedindo-lhe para transformá-las em serpentes para que não fossem capturadas. Outras versões indicam que as freiras rezavam para que o mosteiro estivesse infestado de cobras que assustassem os atacantes.

Desde então, as pequenas serpentes negras aparecem todos os anos antes da festa mariana e se dirigem às paredes e às entradas da igreja para “venerar” o ícone de prata conhecido como o Panagia Fidoussa ou a Virgem das Serpentes.

Algumas dessas serpentes têm uma cruz na cabeça, o que acrescenta mais um fato à lenda.

Atualmente, os peregrinos que vão à igreja colocam as serpentes em jarras e bolsas para evitar que sejam esmagadas pelos motoristas.

Essas serpentes, que geralmente são agressivas, são particularmente dóceis durante esses dias, quando são recebidas na igreja para várias orações e serviços litúrgicos. Depois, desaparecem completamente da ilha até a festa do ano seguinte.

Os anos nos quais as serpentes não apareceram foram os da Segunda Guerra Mundial e 1953, quando houve um forte terremoto. Quando não são vistas na ilha, os moradores tomam isso como um mau presságio.

Todos os anos, a ilha celebra a Theotokos e celebra-se um festival de serpentes. ”

Já se foram, quase dez anos da publicação da encíclica Laudato Sì, será que mudou algo, em nossa vida, em nossa família, em nossos ambientes que frequentamos? É possível que as cobras continuem dizendo algo para todos nós. As “coisas” da nossa Casa Comum não são tão más e só nós, seres humanos, os bons. Às vezes, percebe-se que há mais bons relacionamentos entre si e conosco, do que nós entre nós e com eles.