Assaltos preocupam população de Guabiruba
Vereadores e líder comunitário pedem mais policiamento no município
O aumento da criminalidade em Guabiruba preocupa a população e a classe política do município. Na sessão da Câmara de Vereadores de terça, o presidente da Associação de Moradores do Lajeado Baixo, Edson Demétrio, usou a palavra na tribuna para falar da insegurança no município. O empresariado, geralmente o mais atingido pela criminalidade, também participa da discussão. Os dados da Polícia Militar corroboram com as manifestações feitas na tribuna. No primeiro semestre deste ano foram registrados 13 roubos a comércios na cidade, enquanto no mesmo período do ano passado não aconteceu nenhuma ocorrência deste tipo.
O vereador Felipe Eilert dos Santos falou que a segurança é uma preocupação de toda a cidade e não somente no Lajeado Baixo. Antes desta sessão, na semana passada, o vereador Valdeci Gomes Ferreira, o Boiadeiro, já tinha usado a palavra para dizer que algumas pessoas se aproximaram dele reclamando do aumento no número de roubos a comércios após às 18h. “Entre seis da tarde e dez horas acontece muito assalto. Então, o que comentaram é que, se o problema for gasolina, eles ajudam com o combustível das viaturas”, diz Boiadeiro.
O vereador afirma que recebeu a sugestão de Antônio Carlos Rothermel, proprietário do Auto Posto 10 de Junho, e ainda não entrou em contato com a Polícia Militar para falar da reivindicação da comunidade. Boiadeiro diz que entrará em contato com a PM para saber da situação e que falará com os outros vereadores para conseguir mais apoio para buscar uma solução para a segurança em Guabiruba.
Rothermel, do posto de gasolina, afirma que já foi alvo de assaltos por três vezes nos últimos anos. Na visão dele, os comércios que ficam abertos depois do horário comercial, como postos e farmácias, ficam mais vulneráveis à ação de ladrões. “Se o combustível não é suficiente para fazer as rondas, eu ajudaria, mas teria de conversar com os outros comerciantes para que a gente feche uma litragem exata para ajudar as viaturas”, diz. O empresário diz que “vê poucas vezes” a ronda após as 18h.
“O problema não é combustível. O estado supre as viaturas, o problema é o efetivo. A viatura que está de serviço faz a ronda necessária. Mas, como Guabiruba é muito grande, alguns bairros mais afastados podem ficar sem ronda. Como o centro é onde mais transita pessoas, esta área é a mais policiada. A viatura só se desloca para ocorrências”, diz o sargento Marciano Panca, comandante do destacamento da PM em Guabiruba.
Atualmente, 10 policiais estão alocados em Guabiruba, contando com o comandante, que não participa da escala de serviço. Além disso, um está de férias e outro afastado por motivos de saúde. Com isso, apenas sete PMs estão disponíveis, o que permite ao comando colocar uma viatura nas ruas. O sargento Panca afirma que a tropa fica muito aquém do esperado. “Para uma cidade com um crescimento vertiginoso como Guabiruba, pelo menos duas viaturas têm de estar na rua. Para isso, é preciso que o efetivo dobre, porque tem as férias e outros afastamentos”, diz.
Recentemente, o 18º Batalhão de Polícia Militar, ao qual pertence a PM de Guabiruba, recebeu um reforço de 15 policiais. A princípio eles seriam distribuídos entre os cinco municípios abrangidos pelo batalhão, mas uma determinação do comando-geral da PM fez com que todos ficassem em Brusque. E há duas semanas uma turma de mais de 200 policiais femininas formou-se, no entanto, nenhuma veio para o 18º BPM.