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Assembleia define nova data para venda dos imóveis da Schlösser

Dia 31 deste mês acontecerá a abertura dos envelopes com as propostas no auditório do Sintrafite

Ex-funcionários da Companhia Industrial Schlösser participaram ontem de uma assembleia para definir o futuro dos imóveis da falida fábrica. A reunião foi convocada pelos sindicatos dos trabalhadores têxteis (Sintrafite) e dos Mestres e Contra-Mestres de Brusque (Sindmestre), que agora serão responsáveis por dois terrenos que pertenciam à empresa e que serão vendidos para pagar dívidas trabalhistas. No dia 31, às 17h, devem ser abertos os envelopes com as propostas no auditório do Sintrafite.

No dia 20 de fevereiro ocorreu o último leilão judicial das áreas em que ficam a associação dos funcionários, localizada na rua Gustavo Halfpap, e em frente à sede da empresa, na rua Getúlio Vargas. No entanto, apesar da grande expectativa, não houve nenhum lance, por isso a Justiça determinou que os sindicatos laborais assumissem os imóveis.

O presidente do Sintrafite, Aníbal Boettger, afirma que os responsáveis pelos imóveis já foram notificados a desocupar a área para facilitar a venda. No entendimento dele, se o terreno da associação estiver ocupado, um possível comprador pode recuar por medo de “se incomodar” para desocupá-lo.

Os dois sindicatos formaram uma empresa para poder receber da Justiça os dois imóveis da Schlösser. Depois de feito isto, a venda poderá ser feita diretamente, sem necessidade da intervenção judicial, como vinha acontecendo. O primeiro passo para a venda já foi dado, conta o presidente do Sindmestre, Valdírio Vanolli, que foi a avaliação atualizada dos dois terrenos.

De acordo com o que foi informado na assembleia, os valores mínimos para venda dos imóveis são de R$ 7 milhões pelo terreno de 28 mil m², onde ficava a associação recreativa, e R$ 8 milhões pela área onde ficava o administrativo da fábrica. Embora as cifras sejam altas, não há garantias de que isso quitará 100% da dívida trabalhista, diz Boettger. “Ainda há processos tramitando que podem entrar nesta conta”, pondera o sindicalista. Quando forem vendidos, os valores arrecadados serão divididos em partes iguais entre os ex-funcionários.

Os dois presidentes dos sindicatos se mostram otimistas quanto à venda por um motivo: agora será possível vender os terrenos em separado. Isto não era possível no leilão judicial. Inclusive, eles informaram na assembleia que a Casas Da Água, de Florianópolis, demonstrou interesse em comprar a área em que ficava a sede da empresa. Quanto à outra, há rumores de possíveis compradores, mas nada de concreto, segundo o presidente do Sintrafite.

A forma de pagamento e outros detalhes da negociação também serão discutidos em assembleia, a ser convocada quando necessário.