Associação de moradores reclama de aterro irregular no Jardim Maluche

De acordo com a entidade, irregularidade ocorre deste setembro do ano passado

Associação de moradores reclama de aterro irregular no Jardim Maluche

De acordo com a entidade, irregularidade ocorre deste setembro do ano passado

Como é proibido realizar intervenções que não sejam de utilidade pública em Áreas de Preservação Permanente (APPs), o presidente da associação de moradores do bairro Jardim Maluche, Juares Graczcki, entrou em contato com o Município Dia a Dia para reclamar sobre um aterro irregular localizado próximo ao Itajaí-Mirim, na rua Bartolomeu Pruner.

Segundo ele, tanto caminhões da Prefeitura de Brusque quanto de particulares depositam entulhos no terreno e, posteriormente, aterram a área. A irregularidade, garante o presidente, ocorre desde setembro do ano passado.

“Há restos de asfalto e outros entulhos também. A nossa preocupação é de que o espaço está a poucos metros do rio e próximo a uma captação de água do Samae. Daqui a pouco esse material desmorona e começa a cair no rio. Depois da enchente do final do ano, o pessoal ficou ainda mais preocupado. É preciso retirar esse material de perto do rio”, diz.

O presidente afirma que, no ano passado, entrou em contato com a Secretaria de Obras, que prometeu retirar o material. Graczcki também reclamou junto a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) e protocolou ofício no Ministério Público. Além disso, ele também informou à escola Charlotte, proprietária do terreno, sobre o fato.

Questionada sobre o problema, a Secretaria de Obras diz que o terreno possui licença ambiental para aterro e que a escola Charlotte permitiu que o município levasse material para descarte no local. Ainda segundo o órgão, atualmente, os funcionários da prefeitura estão fazendo o nivelamento do terreno.

Por outro lado, a presidente da escola Charlotte, Susana Erthal Fischer, afirma que não cedeu o terreno para a prefeitura depositar o material e que alguém retirou as placas que proibiam o descarte no espaço.

“Alguém havia colocado barro perto do rio e em setembro do ano passado eu pedi pra prefeitura retirar para 50 metros longe. Foi só isso. Não autorizamos o nivelamento”, afirma. “A solução será cercar o espaço para que nenhum caminhão consiga acessar. Vamos ter que gastar dinheiro”, completa.

Fundema solicitará cercamento

Após receber a informação de que havia o descarte próximo ao rio, o superintendente da Fundema, Cristiano Olinger, solicitou à Secretaria de Obras que cercasse o local. Porém, segundo ele, como a pasta ainda não agiu, a Fundema enviará um memorando solicitando o serviço.

“É proibido descartar qualquer material ou fazer qualquer atividade em APPs, então é necessário que se retire esse material e que coloque para fora dos 50 metros. Vou fazer um pedido formal à Secretaria de Obras para que cerque o espaço para que nenhum caminhão tenha acesso”, explica.

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