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Ataques de cães de rua são registrados em Brusque; saiba o que fazer

Situação tem causado medo em parte da população

Em vários pontos da cidade de Brusque, leitores do jornal O Município relatam que cães soltos na rua costumam atacar ou ameaçar os pedestres, deixando as pessoas com medo.

Um dos exemplos acontece com os moradores da rua Rosa Debatin, no bairro Águas Claras. De acordo com os moradores, no local existem cerca de seis cães que avançam nas pessoas que passam por ali.

Greice Cristina Cadore, filha de uma moradora do local, relata que já tentou resolver o problema com os donos dos animais, mas que ainda não teve sucesso. De acordo com ela, os animais saem para a rua enquanto os donos não estão em casa.

“Cada vez que passamos por ali os cachorros o avançam. A mesma queixa é dos vizinhos dos arredores, que precisam espantar os cachorros para não serem mordidos.
Os vizinhos já conversaram com os donos e nada muda”, relata.

Como agir 

O tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, da Polícia Militar de Brusque, explica que, nessas situações, caso os animais possuem um dono, é preciso buscar o diálogo primeiro.

“Caso o dono não atenda ao pedido, é necessário registrar o boletim de ocorrência virtual relatando que o dono do animal está colocando em risco a população em geral da rua. Caso o cão morda alguém, pode chamar a Polícia Militar que um boletim de ocorrência por lesão corporal será feito”, informa Otávio.

Dependendo do ferimento, também pode ser necessário o contato com o Corpo de Bombeiros. De acordo com a tenente do Corpo de Bombeiros de Brusque, Bruna Deschamps, se houver ferimentos devido a ataques caninos, os bombeiros podem ser acionado.

 Risco da mordida

Sobre o risco de ser mordido ou ferido por um cão de rua, o enfermeiro e coordenador do Samu de Brusque, Álvaro de Carvalho, explica que a ferida deve ser lavada com água e sabão, mas cuidados específicos devem ser tomados.

“Além de lavar o ferimento, deve-se procurar a unidade de saúde mais próxima para realização dos procedimentos de avaliação da lesão. Também deve-se acionar a Vigilância Sanitária para avaliação do animal. Eles verão se o animal será recolhido ou não, devendo manter distância de segurança para que não ocorra novo acidente”, explica Álvaro.

Caso a pessoa seja atacada por um animal doméstico ou conhecido, deve-se lavar o ferimento da mesma maneira, mas deve-se tomar outros cuidados.

“Tem que prender o animal para que ele não fuja. Forneça alimentos e água. Observe o comportamento do animal por dez dias, se ele morrer ou ficar mais agressivo, deve-se comunicar a unidade de saúde que foi realizada a notificação”, enfatiza.

Vacina

Em casos mais graves, o médico lembra que o Corpo de Bombeiros ou o Samu devem ser chamados para atender a ocorrência e que, é importantíssimo, não sacrificar o animal. Sobre o ferido ter que tomar vacina antirrábica após a mordida, ele explica.

“Quando é possível observar o cão, não se vacine antes de verificar se ele voltará ao comportamento habitual. Caso não seja possível observar o animal, é indicado tomar a vacina antirrábica”, finaliza o enfermeiro.


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