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Atenção aos pedestres e ciclistas no Plano de Mobilidade Urbana de Brusque é discutida em audiência

Encontro aconteceu na Câmara de Brusque nesta quinta-feira

Uma audiência pública realizada no plenário da Câmara de Vereadores de Brusque nesta quinta-feira, 2, discutiu detalhes do Plano de Mobilidade Urbana da cidade. A reunião foi presidida pela vereadora Marlina Oliveira (PT). O objetivo do encontro foi ampliar a discussão junto à comunidade. Um dos focos foi a atenção do plano a pedestres e ciclistas.

Estiveram presentes e discursaram o presidente do Conselho Municipal da Cidade (Concidade), Anderson Buss, o coordenador da Comissão Técnica Municipal do Plano Diretor, André Felipe Bozio, e o professor de Arquitetura e Urbanismo da Unifebe, Karol Diego Carminatti, além de vereadores.

Os principais tópicos da audiência foram a atenção do plano de mobilidade destinada a pedestres e ciclistas e a explicação de termos específicos, incluindo os de classificação das vias, por exemplo. O Plano Diretor, que caminha junto com o plano de mobilidade, também foi mencionado diversas vezes.

O professor Karol destacou dados da cidade. Ele citou um levantamento feito em 2018 e 2019 que aponta que Brusque tinha na época, em média, um veículo por habitante. Na prática, seria como se todas as pessoas da cidade, até recém-nascidos, tivessem veículos, conforme exemplificou.

“Brusque, assim como várias cidades do Vale do Itajaí, de Santa Catarina e do Brasil, tem um problema muito sério de mobilidade urbana. Há décadas, escolhemos um modelo de cidade que se desloca a partir do transporte individual. Sabemos das facilidades, mas hoje chegamos no período das dificuldades”, disse Karol.

O crescimento expressivo da cidade ano a ano também foi destaque na fala do vereador Nik Imhof (MDB). Ele, assim como o vereador Jean Dalmolin (Republicanos), comentou ainda sobre ciclovias e ciclofaixas na cidade, assunto discutido quando os ciclistas foram mencionados.

“Não há como melhorar o transporte coletivo da cidade sem discutir os transportes individuais. O plano busca inverter a pirâmide que estrutura a mobilidade em Brusque”, reforça o professor. Ele afirma ainda que é necessário tratar “o mais frágil” com prioridade, se referindo a pedestres e ciclistas.

A quantidade de ciclistas em regiões periféricas da cidade foi também um dos apontamentos feito pelo professor. Ele comenta que a bicicleta se mostra como um meio de levar as pessoas ao trabalho, e não apenas destinado ao lazer.

Melhores definições

Anderson também citou pontos relevantes do plano de mobilidade e disse que o Concidade entende o projeto como uma “excelente iniciativa”, conforme classificou. A atenção aos vários “tipos de mobilidade”, que inclui pedestres, ciclistas, transporte coletivo e outros, também foi um dos apontamentos feito pelo presidente do conselho.

“Outro ponto considerado relevante é o mapa de hierarquização viária na cidade. Hoje em dia, temos um sistema viário inteiro em Brusque e ele não tem uma classificação do que são vias estruturais, coletoras, expressas e locais. Este plano traz esta definição”, elogiou.

A definição, conforme pontuada por Anderson, pode possibilitar tomadas de decisão voltadas a políticas urbanas, analisando prioridades de determinados locais. André também defendeu as definições dos termos.

André mencionou a construção do Plano Diretor junto ao plano de mobilidade com atenção aos pedestres e ciclistas. Ele citou também as obras estruturantes que são executadas na cidade.

“O plano de mobilidade e o Plano Diretor precisam estar em sinergia. São dois ‘planos guarda-chuva’. A partir destes dois planos, conseguiremos criar leis municipais específicas”, disse André.


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