Atendimentos simultâneos desafiam atendimentos do Corpo de Bombeiros

Comandante ressalta estrutura disponível e a possibilidade de solicitar apoios

Atendimentos simultâneos desafiam atendimentos do Corpo de Bombeiros

Comandante ressalta estrutura disponível e a possibilidade de solicitar apoios

No corrido dia a dia das equipe do Corpo de Bombeiros, nem sempre os profissionais conseguem refletir sobre a pressão que sofrem em função da rotina de atendimento que envolvem pessoas acidentadas e, por vezes, com risco de morte.

Durante o trabalho, os profissionais fazem avaliações sobre os procedimentos, preparam-se e revisam o que é necessário para o sucesso nos salvamentos, atendimentos ou resgates. O foco está no planejamento para suprir demandas, muitas vezes simultâneas, em pontos diferentes da área de cobertura.

“Durante o dia, muitas vezes não dá tempo de repassar o que houve”, relata o comandante do Corpo de Bombeiros de Guabiruba, Carlos Henrique de Andrade, em referência à rotina de quem está em atendimento.

Segundo ele, manter atenção com a saúde psicológica das equipes é importante, devido à intensidade de situações enfrentadas no dia a dia. O tema chegou a receber um trabalho voluntário, há cerca de dois anos.

De acordo com ele, a disponibilidade de informações prévias auxilia no planejamento de ações por parte da equipe. Número de pessoas envolvidas, um panorama sobre a situação são suficientes para auxiliar no trabalho. Com um cenário esperado, eles conseguem mentalizar os procedimentos e já deixar boa parte dos materiais separados.

Munidos destes dados iniciais, as rotas mais ágeis para cada ocorrência é estabelecida e o deslocamento é imediato. Equipes nas ambulâncias e caminhões atuam com as informações repassadas pela central de comunicação, em Brusque.

Integração e suporte
A realidade, segundo o comandante da 3ª companhia do Corpo de Bombeiros , capitão Hugo Manfrin, faz parte da rotina de trabalho. Além da capacidade de organização necessária para os atendimentos, as localizações também são essenciais para uma resposta ágil às ocorrências.

Na área comandada por ele, há um quartel ativo no bairro Centro. Também existe estrutura disponível no bairro Águas Claras, temporariamente baixado, por falta de efetivo. Além deles, Guabiruba também conta com uma unidade.

Em todos os quarteis, afirma, viaturas e equipamentos para combate a incêndio, atendimento pré-hospitalar, resgate e salvamentos diversos estão disponíveis. São 31 bombeiros militares, quatro viaturas de combate a incêndio e duas ambulâncias sediadas em Brusque.

Em Guabiruba, outros nove bombeiros militares, uma viatura de combate a incêndio e uma ambulância prestam atendimento às demandas da cidade e auxiliam em casos no município vizinho.

De acordo com ele, não há estimativas de capacidade de atendimentos simultâneos. O motivo está em fatores como o grau de complexidade das ocorrências e quantidade de vítimas. Ele destaca a possibilidade de apoio da Unidade de Suporte Básico do Samu de Brusque, além do helicóptero Arcanjo-03, baseado em Blumenau.

Proximidade de apoio
“É bastante rotineiro acionarmos Guabiruba para atendimentos em Brusque, e vice-versa, principalmente em ocorrências de maior vulto ou em caso de muitas ocorrências simultâneas”, descreve Manfrin. A unidade é subordinada a Brusque, por onde chegam as solicitações pelo 193. Da central, são retransmitidas por rádio.

A mesma localização estratégica é destacada quanto ao Samu. Servidores e equipamentos ficam baseados no próprio quartel de Brusque, o que, segundo o comandante, melhorou a capacidade de atendimento.

A possibilidade de apoio de municípios vizinhos, seja com guarnições do Corpo de Bombeiros Militar ou o Samu, também existe. Ela é cogitada em situações que fogem da rotina de atendimentos, como em incêndios em grandes edificações ou graves acidentes.

Nos casos mais críticos, que fugam da capacidade de atendimento, a possibilidade de solicitar apoio é avaliado e, em último caso, é feita uma triagem. Ela leva em conta a gravidade da ocorrência, principalmente o risco de vida das vítimas envolvidas. Logo após o primeiro atendimento nos casos considerados prioritários, as situações de menor gravidade serão atendidas.

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