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Atletas agradecem parceiros de projeto que alavancam ciclismo brusquense

Passado o título dos Jasc e a celebração do sucesso, é hora do reconhecimento.

O título dos Jogos Abertos de Santa Catarina conquistado pela equipe de Brusque ainda está sendo comemorado pelos atletas da cidade. Mais do que isso, após a retomada da hegemonia em uma das modalidades de maior tradição, é hora de agradecer também aos parceiros que acreditaram no projeto. Ontem, atletas como Murilo Fischer, Soelito Gohr, André Gohr e Áquila Roux, entre outros, compareceram à empresa Latina Têxtil onde foram recepcionados pelo proprietário Maurício Jativa.

Cientes das dificuldades de encontrarem incentivadores do esporte, a intenção dos atletas era a de homenagear um dos principais patrocinadores da equipe brusquense, que conta ainda com apoio da Moffy, Pega Mania, Rodonaves, entre outros.

Para o veterano atleta olímpico, Soelito Gohr, iniciativas como a tomada pela empresa brusquense fortalecem o desenvolvimento esportivo da cidade. Ele lembra que existem ainda muitos anônimos que ajudam o esporte a crescer, apesar disso, o número ainda é pequeno dado o potencial da cidade. “A gente se sente gratificado de estar aqui fazendo essa homenagem para um grande incentivador. Uma pessoa que gosta do esporte. Também é interessante mostrar para outras empresas que é possível ter um retorno sem muito custo”, aborda.

Gohr lembra que a equipe que conquistou os Jogos Abertos de Santa Catarina é formada praticamente por atletas da casa. Com o apoio proporcionado, é possível que ele, assim como Murilo Fischer, outro atleta de renome internacional, possam contribuir para o processo de renovação do ciclismo brusquense. “Somos líder do ranking catarinense. Campeões dos Jogos Abertos. Estamos com escolinha. Acho que a gente está conseguindo deixar aquela mensagem que seria a da renovação e valorização do ciclismo brusquense, pois a base da equipe é toda de atletas naturais da cidade”, ressalta.

O agradecimento dos atletas foi feito diretamente ao proprietário da Latina, o equatoriano Maurício Jativa. Entusiasta do esporte, ele diz ter uma relação de proximidade com o ciclismo. “É muito emocionante este momento que a gente está vivendo. Particularmente para nós, é um momento muito especial. Gosto muito de ciclismo, curto o ciclismo, pratico um pouco, mas sou, acima de tudo, muito amigo do pessoal do ciclismo. É um esporte fascinante”, comenta.

Jativa diz que desde o início apostou no projeto apresentado pelo técnico Eduardo Gohr. O patrocinador destaca que a ideia foi ajudar dentro dos valores da empresa. Segundo ele, é necessário que o empresariado veja o esporte também como uma questão social, de poder acrescentar algo à sociedade. “Penso que se todo mundo pudesse apadrinhar uma modalidade, sem dúvida nosso município teria um orgulho muito maior e uma resposta muito mais positiva dos nossos atletas”, diz.

Ele avalia que ainda existe um temor dos empresários em apoiar o esporte em razão da questão financeira. Por isso, acredita que é necessário uma conversa franca no momento da apresentação de projetos. “Às vezes, com muito pouco se consegue fazer muita coisa. Vai ser buscado outros empresários e a soma de tudo isso que vai trazer um retorno legal, com resultados interessantes”, observa.

O superintendente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Deivis Silva, acompanhou o encontro. Ele classificou a homenagem como símbolo de um exemplo de parceria entre o poder público e o privado. “A gente preza muito por essas parcerias. É importante a atitude tanto da Latina quanto de outras empresas que têm contribuído com o esporte. É interessante os empresários perceberem que existe todo um cunho social e de mídia, porque hoje o esporte é um bom produto”, declara.

Silva comenta que a intenção da FME é fomentar este tipo de ação para o próximo ano. Segundo ele, um dos objetivos para 2015 é fortalecer a parceria entre a prefeitura, através da FME, com a iniciativa privada. “Este estímulo tem que partir de visitas a determinadas empresas com projetos já estipulados para cada tipo de modalidade. A prefeitura entra com recurso, mas às vezes não é suficiente e fica complicado”, afirma.