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Atletas de Brusque relatam orgulho após completarem IronMan em Florianópolis

Um dos maiores desafios entre todos os esportes, prova aconteceu no domingo, 1º

Cerca de 2 mil triatletas de Brusque e de vários lugares do mundo disputaram no domingo, 1º, em Florianópolis, o IronMan. A prova, que tem participantes profissionais e amadores, é uma das maios desafiadoras de todos os esportes, combinando 3,8 quilômetros de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida.

O melhor brusquense na prova foi André Montibeller, 38 anos, que completou a prova em 8 horas e 46 minutos. A largada para a prova aconteceu às 7h, na praia de Jurerê.

Ele está na modalidade desde 2014 e essa foi sua sétima participação no IronMan. E foi o seu melhor resultado na distância. Ele ficou em nono lugar geral entre todos os amadores (2 mil atletas) e sexto na minha categoria por idade (314 atletas).

“A prova correspondeu às minhas expectativas”, relata. A preparação para esta prova já começou em janeiro, com treinos específicos visando o IronMan. Além disso, ele fez três provas preparatórias.

“O momento mais duro foram os últimos 12 km. O corpo estava cansado e eu estava com muitas dores nas pernas. Como fiquei doente na semana da prova, o corpo não recuperou 100%, mas a vontade de chegar era maior do que desistir. Comecei a lembrar de todos os treinos que fiz e fui correndo de km em km até a linha de chegada”, conta André, que também é técnico de triatlo.

André conta que ficou doente na semana da prova, mas não desistiu | Foto: Arquivo pessoal

Seu objetivo do segundo semestre é o Mundial de 70.3 (meio IronMan), que será disputado em Marbella, na Espanha, nos dias 8 e 9 de novembro.

“Gostaria de parabenizar os demais atletas de Brusque que eu treino pela excelente prova que todos fizeram. Além disso, um agradecimento especial ao treinador Gabriel Zen, que fez toda a diferença em todo o ciclo de treinos”, finalizou.

Ambiente incomparável

Júlio Cesar Bork finalizou a prova em 10 horas e 36 minutos. Ele começou a fazer triatlo há cinco anos e, como conta, a meta maior de todo triatleta é o IronMan, que é a prova mais importante e mais famosa da modalidade. Em 2025, ele cumpriu esse objetivo.

“Sempre almejava fazer essa prova. Em janeiro, decidi me inscrever e comecei a treinar com foco específico para o IronMan. Nesses meses, a dedicação foi para isso. A carga de treinos foi aumentando progressivamente”.

Júlio é cardiologista e começou a fazer triatlo há cinco anos | Foto: Arquivo pessoal

Até então, Júlio , que tem 44 anos e é cardiologista, tinha participado de provas com metade da distância do IronMan.

A meta dele era completar a prova em menos de 12 horas. Ele acreditava ser viável pela carga de treinos e acabou terminando em quase uma hora e meia a menos, o que é motivo de orgulho. “Para mim, por ser a minha primeira vez, foi espetacular, até um pouco melhor do que imaginava. Fiquei super satisfeito com o meu resultado”.

Segundo Júlio , a experiência de completar o IronMan é um misto de emoções: alegria, satisfação e sentimento de dever cumprido. “São muitas horas que abdiquei para conseguir completar. Chegar ao pórtico final, ouvir o sino e escutar: “Júlio, você é um IronMan” é indescritível”.

Em sua primeira participação, Julio completou a prova em pouco mais de 10 horas e meia | Foto: Arquivo pessoal

Para ele, o mais desafiador do InMan foram os quilômetros finais da corrida. “A natação foi dentro do previsto e o percurso de bicicleta foi até melhor que o esperado e depois na corrida, que é o meu forte – já faço há anos, até antes até de fazer triatlo – “paguei o preço”. Comecei a sentir cãibras nas duas pernas. Foi um caminha-e-corre até o final. É muito mental. Sabia que não ia desistir, independente do tempo que levasse, mas acabei ainda fazendo muito bem pelo tempo que tinha “sobrado” nas etapas anteriores”, relata.

Ele relata que o clima da prova foi algo marcante, pelo apoio que recebeu de tantos desconhecidos. “As pessoas vão para torcer, gritam seu nome, incentivam. Esse ambiente que se cria é algo incomparável com outros esportes. Não há competição no nível amador, então é uma pessoa incentivando a outra”.

Com esse objetivo riscado de sua lista, Júlio, no momento, não pensa em repetir esse percurso. “Minha ideia era fazer uma prova do IronMan. Agora, quero voltar para a meia-distância, que é mais factível. Sou um cardiologista que faz triatlo e é um ciclo que te tira muito tempo. Agradeço à minha família pelo apoio”.

Os outros brusquenses que realizaram a prova do IronMan na capital foram Jeferson Lana, Carlos Rafael Bortolini, Tiago Ventura da Silva, Maicon Souza e Luiz Carlos Oliveira.


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