Atraso de repasse federal causa transtorno em obra de creche em Guabiruba
Prefeitura aguarda R$ 339 mil da União; prefeito espera que trabalhos finalizem até 10 de junho
As obras da creche do bairro Imigrantes, em Guabiruba, possuem novo atraso porque o município ainda não recebeu duas parcelas por parte do governo federal: uma de R$ 267 mil, e outra de R$ 72 mil. São parcelas de um investimento no total de R$ 2 milhões, através do Programa Nacional Proinfância, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FNDE). A estimativa inicial é que as obras estivessem concluídas em fevereiro de 2017.
O valor que o município espera receber já vem de um acúmulo de três meses de atraso, de acordo com o prefeito Matias Kohler. “Se o tempo não interferir e as condições nos permitirem, a obra será entregue à população até 10 de junho”. Mesmo com os trabalhos de reforma, que já estão em fase de conclusão, a creche segue com atividades normais.
Outros obstáculos para a execução das obras também vieram de Brasília, como trocas de ministros e administrações que geraram atrasos em liberações de verba no início do processo. “Isto acaba refletindo nos municípios, é a dificuldade de um modelo bastante infeliz do governo federal, que quer fazer tudo, que os municípios sigam uma cartilha.”
Kohler estende sua crítica ao fato de que os municípios não tem a autonomia devida para trabalhar seus projetos de acordo com suas necessidades específicas. “O modelo não permite agilidade. Segundo a empreiteira me falou, a estrutura do telhado teve que ser comprada em uma única empresa, em Goiás, por exemplo. Se entrarmos em detalhes, falo por uma semana e encho dois jornais”, reclama.
O atraso do repasse da verba também foi abordado na sessão realizada nesta terça-feira, 17, da Câmara de Guabiruba. O vereador Felipe Eilert dos Santos fez um requerimento aprovado solicitando o envio de ofício aos deputados federais da região para cobrar do governo federal as parcelas do repasse.
A reportagem do jornal O Município entrou em contato com o FNDE, mas não recebeu resposta sobre o atraso do repasse até a publicação desta matéria.
O prefeito afirma que os atrasos começaram a ocorrer desde o final de 2017, continuando pelo início de 2018.