Atual vice-prefeito, Ari Vequi (MDB) expõe propostas para governar Brusque

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Atual vice-prefeito, Ari Vequi (MDB) expõe propostas para governar Brusque

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Idade: 51 anos
Naturalidade: Camboriú
Profissão: Vice-prefeito
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Número na urna: 15

O candidato a prefeito Ari Vequi (MDB) mudou-se para Brusque aos 10 anos. Ele participou de diversas campanhas eleitorais, e, em 1994, iniciou suas atividades na vida pública.

Vequi trabalhou nos gabinetes do governador Paulo Vieira e do senador Casildo Maldaner, foi chefe de gabinete do governador Luiz Henrique da Silveira, diretor de relações institucionais na Agesan, assistente da presidência da Celesc, secretário-adjunto da Secretaria da Casa Civil no governo Raimundo Colombo e, em 2017, assumiu como vice-prefeito de Brusque.

Se preferir, ouça a entrevista no podcast do jornal O Município no player abaixo:

Na entrevista, Vequi destacou avanços da administração municipal nos últimos quatro anos, e também falou sobre o que pretende para saúde, educação e infraestrutura da cidade caso seja eleito.

Assista entrevista na íntegra

Confira os principais trechos da entrevista.

Em seu plano de governo, afirma que gostaria de ter tido a caneta na mão para resolver alguns problemas durante a atual gestão. Em quais momentos você discordou do Dr. Jonas e não pôde agir como gostaria?

As missões que tive como vice fiz com muita firmeza, dedicação, que foi tocar a grande maioria das obras da cidade, buscando resolver problemas ligados à infraestrutura e mobilidade da cidade. A questão que envolve o dia a dia da prefeitura não coube a mim, mas não por isso eu e o Dr. Jonas discordamos. Foram quatro anos talvez de maior aproximação do prefeito e do vice em Brusque. A gente conseguiu conviver em harmonia, nossa relação só me orgulha. O grupo gestor foi criado por mim e ele aceitou. Talvez a grande inovação que vamos trazer em janeiro é a prefeitura em tempo integral. 


Quais são as obras prioritárias que Brusque precisa e você pretende viabilizar?

O grande problema da cidade continua sendo a saúde. Tínhamos apenas uma porta aberta, que era o Azambuja. Conseguimos abrir a porta do Dom Joaquim. Temos três unidades de saúde funcionando bem na cidade. Inauguramos e finalizamos mais de seis postos de saúde na cidade, falta apenas um no Primeiro de Maio. O que falta hoje é nos especialistas. Vamos buscar a solução, seja através de mutirão ou contratações.


Seu plano de governo prevê sistema que agenda atendimentos médicos em até sete dias após o contato do usuário com o SUS. Por que não foi possível fazer nesta gestão?

Quando assumimos, o calendário era quase que mensal, foi avançando durante esse período. Sou muito crítico na questão do agendamento, porque as pessoas não sabem quando precisam do médico. Isso vai avançar cada dia mais, o governo federal criou acesso avançado para que as pessoas possam ir ao posto e serem atendidas no momento da consulta.


Como melhorar o trânsito de Brusque?

A cidade não tem um plano de mobilidade ainda. Quando fomos ao governo federal pedir recurso para a margem esquerda da Beira Rio se exigiu que se fizesse um. Contratamos, fizemos várias audiências públicas e está quase finalizado para enviar à Câmara. Acredito que, a partir do ano que vem, quando entregarmos a Beira Rio, teremos que fazer um novo modal de transporte. O índice de pessoa/carro é um dos maiores do país. 


A prefeitura deu continuidade ao prolongamento da Beira Rio, e agora você propõe nova obra em direção ao Jardim Maluche, Rio Branco e Dom Joaquim. Como pretende viabilizar os recursos? A prefeitura tem capacidade de endividamento?

Sim. Tínhamos viabilidade de buscar mais de R$ 50 milhões, além dos R$ 30 milhões que buscamos para a margem esquerda. Fomos muito seguros para não endividar o município a mais do que foi proposto. Atuei muito forte junto a Brasília e aos bancos para recuperar a credibilidade. Renegociamos dívidas e tentamos estar em dia com as finanças. Minha candidatura representa a estabilidade financeira do município.

Hoje, quem vier aqui dizer que vai receber recurso a fundo perdido, estará mentindo, porque o governo do estado encaminhou orçamento à Alesc com déficit de R$ 1,6 bilhão, da mesma forma o governo federal. As emendas parlamentares não passam de R$ 600 mil. A fórmula que tem hoje é buscar via empréstimo mais barato, que é o FGTS, com programas do governo federal. Acredito que eles vão lançar programas que darão possibilidade para o município buscar recursos.


Pessoas reclamam da falta de água recorrente. O Samae falhou na gestão do abastecimento? O que pretende melhorar?

Não, a falta de água é recorrente, mas em locais específicos, que são atendidos por uma pequena estação de tratamento. Desde o início de mandato, trabalhamos com um projeto, estamos em obra de terraplanagem para a ETA da Cristalina. Só assim será resolvido o problema. Nos últimos 10, 20 anos não se construiu nada em tratamento de água. Se investiu apenas em armazenamento, não se aumentou a produção de água.


Quais são as prioridades para investimento na educação caso seja eleito?

Estamos buscando informatizar as escolas com fibra óptica, investimento de mais de R$ 3 milhões. No Ensino Fundamental, temos que buscar o índice do Ideb. Algumas escolas municipais precisam de ampliação, como na Limeira, houve um volume de moradores para a região. Mas, o maior gargalo, é a oferta de creche. No nosso governo já criamos mais de mil vagas, e nosso compromisso é criar mais 1,1 mil.


Qual é a sua estratégia em relação à fiscalização do descarte inadequado e não tratadas nas águas das tinturarias, um problema que persiste há tempos?

Temos conversado com a Fundema, buscado reunir com a classe empresarial. Temos que saber conviver com esta situação, aqui se encontram várias tinturarias, que geram emprego e renda. Mas temos que fazer o meio ambiente e o desenvolvimento caminharem juntos. A Fundema está trabalhando com as empresas para solucionar, existem várias opções no mercado para diminuir, mas temos que avançar. Não é só papel do município, mas temos cobrado para encontrar uma solução conjunta.


Na campanha de 2016 você se apresentou como o mais preparado para obter recursos estaduais e federais, devido à experiência no governo do estado. Acredita que poderia ter feito mais nessa questão?

Não, buscamos vários recursos a fundo perdido para nossa cidade. Por exemplo, duas obras paradas: a rua Nova Trento e a ponte do Rio Branco. Buscamos recursos para a margem esquerda da Beira Rio, telhado do pavilhão de eventos e várias emendas para a saúde, educação. A demora para o governo do estado e federal pagar as emendas é o que muitas vezes atrapalha. Não é falta de vontade, é que não há recurso disponível neste momento, em virtude da crise que o Brasil está passando por causa da pandemia, mas também pela mudança que o país passou. Não é falta de participação minha. Se você olhar a situação de quando assumimos e hoje, houve um grande avanço econômico, qualidade de vida e infraestrutura.


Você propõe a construção de pontes em lugares estratégicos. Já tem definido onde?

Não colocamos em lugares específicos, porque, no plano de governo passado, se criou a ilusão de que iríamos fazer uma ponte ligando uma cidade a outra, mas você não sabe o prefeito que vai ser eleito na outra cidade. O nosso projeto que leva a Beira Rio ao Dom Joaquim e ao Rio Branco já tem duas pontes, como fizemos na margem esquerda, que não estava no plano passado, mas fizemos. Se tivermos recursos a fundo perdido, podemos fazer até cinco pontes, mas, quando tivermos o direcionamento, aprovarmos o plano de desenvolvimento que esteja em direção ao Dom Joaquim, vamos ter que dar prioridade. Claro, precisamos muito da ponte do Centro, as administrações que contrataram fizeram um projeto que não pode ser utilizado. Tem que ser feito um novo projeto, mas primeiro tenho que garantir o recurso.


Você propõe viabilizar a construção de apartamentos populares dentro dos programas sociais do governo federal, mas a Secretaria de Assistência Social reconheceu que esse modelo de condomínio favorece o surgimento de problemas sociais. Você pretende manter o mesmo modelo já adotado?

Nosso modelo é o horizontal, não o vertical. É o geminado. Apresentamos ao governo federal esse projeto, em alguns terrenos que Brusque já possui. O secretário já esteve em Brasília, o projeto já encontra-se lá no Ministério, só estamos esperando passar a pandemia para retomar a conversa. Não vamos partir para grandes condomínios para a área de habitação.


 

O governo do estado encaminhou orçamento à Alesc com déficit de R$ 1,6 bilhão?

Sim. O governo estadual enviou à Assembleia orçamento com receita prevista de R$ 30,5 bilhões e despesa de R$ 32,143 bilhões.

 Há quantos anos não se investia em obras para captação de água?

A última estação de tratamento de água foi construída em 2004, na Limeira. Desde então, várias passaram por melhorias. Uma nova estação na Limeira deve ser lançada nos próximos dias.

O governo municipal investiu R$ 3 milhões em fibra óptica para escolas?

O projeto Infovias foi orçado em R$ 3 milhões e abrangeu 145 pontos incluindo escolas, mas também unidades básicas de saúde e outros serviços municipais.

O que está no plano de governo sobre habitação?

No plano de governo de Ari Vequi está prevista a viabilização para construção de moradias populares verticalizadas. O candidato, porém, diz que houve um erro, e que a intenção é desenvolver um modelo horizontal.


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