X
X

Buscar

Atual vice-prefeito Zirke (PP) apresenta propostas para governar Guabiruba

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Idade: 51 anos
Naturalidade: Guabiruba
Profissão: Empresário
Grau de instrução: Ensino Fundamental completo
Número na urna: 11

Zirke foi candidato a prefeito nas eleições de 2004, e em 2008 concorreu a uma cadeira na Câmara de Vereadores. Já em 2012 e 2016 foi candidato a vice-prefeito, sendo eleito nas duas. Durante os dois mandatos, o vice-prefeito assumiu o cargo de prefeito em algumas oportunidades.

Se preferir, ouça a entrevista no podcast do jornal O Município no player abaixo:

Na entrevista, Zirke se apresentou como candidato de continuidade do trabalho feito nas últimas duas administrações, e falou sobre propostas para saúde, educação, mobilidade, entre outros.

Assista entrevista na íntegra

Confira os principais trechos da entrevista.

O senhor esteve no governo municipal nos últimos anos e se apresenta como opção de continuidade do trabalho. O que você acha que ainda pode ser feito pelo PP em Guabiruba?

Participei ativamente nestes quase oito anos com o Matias (Kohler, atual prefeito), com um trabalho sério. Estamos sendo reconhecidos pelo trabalho e pela minha participação no governo. Diria que o partido tem que fazer a inovação, falando no meu vice-prefeito. Se falava em candidato que já esteve na política, mas apresentamos o nome do Cledson como algo novo. Nosso partido sempre foi de inovação. Temos que mostrar que somos diferentes e estamos fazendo diferente. É o que o eleitor espera.


Na sua opinião, o que o atual governo poderia ter feito melhor e não conseguiu?

O governo Mathias e Zirke às vezes se decepcionou com certas coisas quando procuramos o governo do estado para que nos ajudasse. Cito o colégio João Boos, escola que me orgulhei de estudar, mas que hoje não podemos falar a mesma coisa. É uma das nossas grandes decepções. Com toda certeza, não demos as costas para o colégio porque os estudantes são guabirubenses, mas cabia ao estado fazer.


Na questão da educação, a situação de conservação da escola João Boos, que é estadual, ainda não foi resolvida. Na sua opinião, a prefeitura falhou na articulação política para cobrar do estado a reforma da escola?

Tudo que poderia ter sido feito, nós fizemos. A cobrança existiu, tivemos oportunidade de conversar com o governador Moisés quando esteve em Brusque, e ele nos garantiu a reforma, que ia estudar com muito carinho. O (ex-governador) Raimundo Colombo desceu de helicóptero nos fundos da escola, a gente colocou para ele sobre a reforma, e ele disse que seria feito um novo colégio.

A administração fez o possível, os vereadores também. Participei de várias reuniões na Câmara, onde apresentaram projetos para o novo colégio, mas que depois se perdeu. Hoje, nem projeto tem. Ouvi falar do diretor que foram comunicados que em três meses vão começar a obra, porque o governo do estado tem dinheiro em caixa. Mas, só acredito no momento que ver a obra acontecer. Da nossa parte, não faltou vontade, nem cobrança.


O senhor propõe um estudo de viabilidade para implantação de um Anel Viário. Já tem uma proposta em mente? Como funcionaria?

Com certeza. Sabemos a dificuldade que é hoje o acesso pelo Guarani até a nossa cidade. (O Anel Viário) Seria na Evaldo Fischer, ligando a Varginha, e Brusque viria dando continuidade na Beira Rio e, pelo que já ouvi falar dos candidatos de Brusque, vai até Dom Joaquim. Já existiu reunião com núcleo de empresários de Guabiruba e o vice-prefeito de Brusque, porque não adianta só fazermos a nossa parte. Seria, com toda certeza, muito importante, porque as pessoas que vêm da praia não passariam mais pelo Guarani e, sim, por essa nova via.


A prefeitura rompeu com a Casan e concedeu o serviço de tratamento de água para Atlantis. Você está satisfeito com os resultados até aqui? Como melhorar o serviço?

Participei da conversa desde o começo, quando se falava em renovar com a Casan. O presidente da Casan esteve várias vezes no nosso município e prometeu investimento de mais de R$ 3 milhões. Quem seria o prefeito que renovaria com uma empresa que esteve em quase 40 anos no nosso município, não só na água, mas também no esgoto, que também estava no contrato, mas não fez um metro? Não estou contente com a falta da água, a água suja.

A Rio Vivo, de Brusque, que nos buscou querendo fazer um consórcio, entrou na justiça com ação contra a prefeitura depois que a Atlantis venceu a licitação, única empresa que participou. Isto parou um ano no Tribunal de Contas, ficamos sem investimento e, com toda certeza, fez falta. Mas quero deixar bem claro que a cobrança existe. Tem um contrato, nós cobramos, a Agir e a Câmara também, assim como a população. Posso garantir que os investimentos estão acontecendo e vai melhorar.

Tínhamos interesse em municipalizar, traria mais recursos para o município, mas, quando a gente percebeu a precariedade do que a Casan nos deixou, não tinha outro jeito a não ser abrir nova concessão, porque o município não tinha onde buscar dinheiro para investir.


A prefeitura tem estudos para implantação do transporte público em Guabiruba. Você se compromete a implantar? Qual seria o modelo ideal?

Com certeza. Falo com tranquilidade, sou a favor e vamos implantar. Participei de uma reunião com uma empresa de Curitiba, fizeram todo o levantamento. Queremos e precisamos, porque, hoje é muito mais fácil pegar um ônibus no Lageado Baixo ou São Pedro e vir até Brusque do que no Centro de Guabiruba. Não tem essa ligação dos bairros para o Centro.

Vamos dar o transporte escolar também para a empresa que vencer a concessão para que possa fomentar o nosso comércio e também levar as crianças para as escolas. Vamos criar um terminal no Centro da cidade. Todo o levantamento necessário já se encontra na prefeitura.


Qual o principal problema da saúde pública de Guabiruba atualmente? E quais seriam as prioridades no seu governo?

A gente fez o que pode na saúde, a gente viu que melhorou muito. Saúde é coisa que você resolve hoje e amanhã tem novos problemas. Temos hoje uma Associação Hospitalar, o município repassa em torno de R$ 80 mil e nossa proposta é aumentar, e que gradativamente, a gente consiga fazer o atendimento 24 horas. Estamos melhorando e construindo a nova policlínica no Imigrantes. Onde existe agora a policlínica, vai ser o posto central. 

Hoje temos dificuldade também para trazer médicos para a nossa cidade. Já conversamos com a Unifebe para conseguir trazer estudantes para atender nos postos de saúde. Temos que ampliar a entrega de medicamentos, exames e consultas para que as pessoas possam ser atendidas da melhor maneira possível.


Entre as suas propostas para Educação está a melhoria da infraestrutura existente. Quais as principais melhorias que as escolas e creches precisam?

Estamos fazendo uma creche nova no Holstein, nos fundos da que existe hoje, maior que a que existe lá, mas pensando no futuro, fizemos uma estrutura para ampliar para um piso se necessário. Estamos fazendo a ampliação da creche na Guabiruba Sul, está no nosso plano de governo também uma reforma na Vadislau Schmitt. Mas não só em estrutura, queremos continuar dando uniforme para os alunos, material escolar, merenda de qualidade. Queremos também dar aos nossos professores os cursos necessários, são eles que fazem a educação acontecer. Também vamos continuar fazendo transporte aos universitários, quem faz curso técnico e também dar a bolsa de estudos para quem tem interesse.


A agricultura familiar e a produção de produtos coloniais é parte importante da economia de Guabiruba. De que maneira o governo pode incentivar a produção e a venda de produtos? Tem algum projeto para uma feira municipal?

Esse ano foi um ano atípico, não conseguimos fornecer adubo, ureia e semente por causa da pandemia, mas não por falta de vontade, mas por orientação do Tribunal de Contas. Queremos melhorar e buscar pessoas capacitadas para que visitem a casa do agricultor, ajude com as dificuldades que eles têm. Percebemos as pessoas querendo ver os produtos, queremos trazer mais gente para a nossa feirinha.

A gente quer criar um espaço para (esta feira), temos que incentivar. Pessoas que vêm para Guabiruba, querem comer algo diferente. Temos que criar um espaço para vender os produtos coloniais, artesanato.


Na área de gestão, administração e informática, seu plano de governo propõe a implantação de um sistema único de protocolo inteligente. Do que se trata a proposta?

A dificuldade das pessoas hoje existe para conversar com os secretários. Guabiruba Fácil seria a implantação que queremos fazer. Hoje, eu, o prefeito e o vereador recebem muitas ligações, podem continuar ligando, mas queremos um canal direto com qualquer secretaria do nosso município. Com esse aplicativo, a pessoa vai acessar, conversar direto e, aquilo que for prometido, vai poder ser acompanhado para saber se o secretaria cumpriu. Também recebo muitas pessoas pedindo melhorias nos bairros, na saúde, educação, mas não teve o resultado esperado. Assim, a cobrança vai existir. Queremos facilitar o acesso das pessoas.


 

Qual o repasse do município atualmente à Associação Hospitalar de Guabiruba?

Segundo a secretaria de Saúde, o repasse do município à Associação Hospitalar é R$ 70 mil mensais, e não R$ 80 mil como informado pelo candidato. A associcação não recebe outro tipo de repasse a não ser da prefeitura de Guabiruba ou doações.


Quer receber notícias diretamente no seu celular? Clique aqui e entre no grupo de WhatsApp do jornal

Prefere ficar bem informado pelo Telegram? O jornal tem um canal de notícias lá. Clique aqui para participar