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Audiência pública discute obras de prevenção contra cheias

Vereadores e comunidade debateram projeto de contenção da encosta do rio Itajaí-Mirim, próximo da ponte do Maluche

Ontem ocorreu uma audiência pública na Câmara de Vereadores para esclarecer à população sobre as obras de enroncamento na rua General Osório, bairro Guarani, perto da ponte Hugo Schlösser, no Jardim Maluche. A reunião foi proposição do vereador Alessandro Simas (PR).

De acordo com o vereador, o objetivo da reunião foi esclarecer a população do Guarani e bairros próximos sobre as garantias que o enroncamento com pedras, como está sendo executado, oferece para futuras cheias. “Nós sabemos que aquela é uma via muito importante e queremos saber os detalhes do projeto”, disse Simas.

Gilmar Vilamoski, secretário de obras, compareceu à sessão para falar sobre o projeto. Segundo ele, a dúvida dos moradores é em relação à técnica utilizada: com pedras. “Assim como numa casa nós adequamos as coisas a um orçamento, nós também tivemos de fazer isso. A obra mais viável financeiramente é com pedras”, afirma Vilamoski.

Segundo ele, o investimento nos 200 metros de enroncamento é de R$ 600 mil. A Prefeitura de Brusque já executou cerca de dois quilômetros deste tipo de contenção de encostas em toda a cidade. O dinheiro para estas obras é proveniente da Defesa Civil Nacional. Vilamoski diz que o muro de proteção feito com pedras sempre respondeu às expectativas e não resultou em problemas – como novos desmoronamentos.

O presidente da Associação de Moradores do Bairro Guarani (Amag), Marcos Carturani, diz que o objetivo da reunião não foi combater o projeto do poder público, mas sim conhecê-lo melhor. “E nós queremos que a prefeitura apresente outros dois projetos de contenção de encostas, o que eles não fizeram na audiência que nós tivemos no mês passado”, diz. Ainda que ele queira opções para a proteção da margem do rio Itajaí-Mirim, não há planos de tentar barrar a obra, que começou há cerca de 15 dias.

Enchentes

Vilamoski afirma que a obra de enroncamento é necessária para evitar que aconteça o mesmo que na enchente de 2011. Naquela ocasião, os moradores da região ficaram sem acesso ao restante da cidade pela rua General Osório, porque a encosta desmoronou. O secretário diz que a segurança está sendo observada, tanto que os postes da rede de alta tensão está sendo movida para a outra margem. Ele também destaca que não há planos de parar as máquinas por conta do questionamento da população.

Carturani, da Amag, diz que a preocupação da comunidade é que as pedras comecem a se soltar. “As pedras da outra margem, da obra que foi feita em 2012, já estão se soltando. No futuro, pode acontecer o assoreamento do rio, e é isso que nós queremos evitar”.