Aulas de Educação Física serão reduzidas na rede municipal de Brusque em 2019

Alteração na grade deve-se à nova Base Nacional Comum Curricular

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Alteração na grade deve-se à nova Base Nacional Comum Curricular

A Secretaria de Educação irá reduzir uma aula semanal de Educação Física nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) a partir do ano que vem. No lugar delas, serão lecionadas mais aulas de Português e Matemática.

Até este ano, os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental têm três aulas semanais de Educação Física. A partir de 2019, serão apenas duas. Em contrapartida, Português e Matemática passarão de cinco para seis.

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“O foco nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática serão acrescidos para melhorar a situação atual do resultado das avaliações nacionais”, informa, em nota, a Prefeitura de Brusque.

Os alunos da rede municipal, nos anos finais, não atingiram a meta estipulada pelo Ministério da Educação (MEC) no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado em setembro deste ano.

A secretaria comunica que o Conselho Municipal de Educação (Comed) aprovou essa readequação da grade curricular, conforme a Resolução 01/2018, de 23 de agosto deste ano. A pasta também informa que a mudança está de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Repercussão
A redução a partir do ano que vem tem gerado críticas. Nas últimas sessões da Câmara de Brusque, os vereadores Gerson Morelli, o Keka, e José Zancanaro, ambos do partido do prefeito Jonas Paegle (PSB), falaram sobre o assunto.

Keka é professor de Educação Física e lamenta a decisão da Secretaria de Educação. Ele afirma que a medida foi tomada sem ouvir a sociedade, tampouco os profissionais da área.

O vereador diz que o conselho municipal aprovou a mudança na grade curricular sem ter uma ampla conversa com a sociedade. Para tentar reverter o quadro, ele propôs a realização de uma audiência pública para discutir o tema.

Para Keka, tirar uma aula de Educação Física trará prejuízos à saúde. Ele acredita que com menos aulas, aumentarão os casos de obesidade e outros problemas decorrentes do sedentarismo entre os mais jovens.

“É a aula mais esperada da semana. E tem os aspectos preventivos de saúde, é onde acontece a integração social e melhora a autoestima dos estudantes”, afirma. Por isso, ele quer convocar também profissionais da área para a audiência.

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Zancanaro, que também é professor e era secretário de Educação até o ano passado, critica a redução das aulas da disciplina. O vereador esclarece, entretanto, que a diminuição está dentro do que prevê a Base Nacional, portanto, não há como questionar a questão legal.

Além disso, o Comed aprovou a mudança, o que a legitima. Apesar disso, Zancanaro lamenta a alteração. “Ilegal não é. O prejuízo que se traz, é a iniciação esportiva.”

O ex-secretário de Educação pondera que a rede estadual continuará com sua grade normal em 2019, diferente do município.

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