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Aumento de algas ligado ao esgoto gerou mancha em Perequê, diz Univali

Segundo laudo divulgado nesta semana, poluição é um dos fatores que levaram à proliferação e gerou mancha na praia

Pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) divulgaram na tarde desta quinta-feira, 4, os resultados das análises de amostras de água recolhidas no rio Perequê, em Porto Belo, realizadas em função do surgimento, no dia 17 de janeiro, de mancha escura observada em sua foz.

O estudo indicou uma floração de microalgas, oriunda da Lagoa de Perequê, como causa da acentuação da cor na pluma do rio. O evento, aponta o laudo, foi causado pela junção de quatro fatores: alta concentração de nutrientes inorgânicos, ambiente estagnado, alta temperatura e alta luminosidade.

Segundo a avaliação, o aporte de nutrientes é resultado do lançamento de esgotos domésticos. A situação, destacam os pesquisadores, deverá agravar-se e repetir-se nos próximos anos com o aumento da urbanização desordenada acompanhada pela falta de planejamento do saneamento básico.

No pior dos cenários, aponta o relatório, a proliferação das algas pode levar a redução drástica da concentração de oxigênio dissolvido na água e, por fim, morte dos organismos aquáticos presentes tanto no Rio Perequê como em seus afluentes, bem como o aumento da ocorrência de doenças de veiculação hídrica.

Os resultados dos estudos indicam, ainda, que o lançamento do efluente ocorre de forma difusa em diversos pontos no rio Perequê, oriundo dos municípios de Porto Belo e Itapema. Na Estação de Tratamentos de Efluentes (ETE), do município de Itapema, no entanto, foi diagnosticada eficiência de remoção de 99,999% para coliformes totais.