Avenida Beira Rio será rebaixada para evitar novos danos à estrutura da ponte Arthur Schlösser
No entanto, governo municipal não sabe quando será iniciada a obra e quanto será gasto
A Prefeitura de Brusque rebaixará meio metro da avenida Bepe Roza, a Beira Rio, na altura da ponte Arthur Schlösser, para evitar que caminhões continuem batendo na cabeceira. A decisão foi tomada após um estudo realizado pelo Departamento Geral de Infraestrutura (DGI). A avaliação ocorreu após ser identificado que haviam partes quebradas na cabeceira da ponte em abril deste ano.
O objetivo do estudo foi verificar o que ocasionou as fissuras na ponte e se elas apresentavam riscos para estrutura, como provocar uma queda. A possibilidade foi descartada pelo DGI. No entanto, para que os caminhões não batam mais na cabeceira, o estudo apontou que a pista deve ser rebaixada.
Conforme laudo realizado pelo órgão em fevereiro deste ano, assinado pelo engenheiro Renato de Borba, é indicado o rebaixamento da avenida Beira Rio num trecho de 50 metros para que caminhões não voltem a bater na estrutura da ponte.
O estudo mostra que a altura da pista até a ponte é de 4,75 metros, apenas cinco centímetros a mais do que o mínimo exigido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). No entanto, quando os veículos mais compridos passam, suas rodas são suspensas nos pontos mais altos e isso faz com que ultrapassem 4,75.
“O estudo indicou que se colocarmos concreto e tapar os ferros que estão aparecendo será apenas uma medida paliativa. Essa recuperação é fácil, não exige grande trabalho. O que o estudo indicou é o rebaixamento da pista”, afirma o vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi.
Segundo ele, não adiantaria apenas reparar as partes quebradas, pois outros caminhões que estiverem acima do limite podem passar ali e bater na estrutura novamente. O vice-prefeito diz que não é possível aumentar a ponte pois isso já foi feito.
Agora será iniciado um projeto para viabilizar a obra de rebaixamento. No entanto, Vequi não sabe quanto custará, quando as obras devem iniciar e a previsão do término. “Primeiro que é uma obra complicada que vai parar todo o trânsito da área, e é uma obra de engenharia complicada pois ali tem terra armada, que faz a contenção do rio”, informa.
Segundo Vequi, será feita uma avaliação pelos engenheiros para ver como será solucionado o problema e se será preciso mexer na terra armada. “Se nós mexermos em terra armada criaremos um problema sério. Teremos que ter segurança quando iniciarmos a obra e isso é feito por empresa especializada”, diz.
O vice-prefeito diz que a situação é parecida com o que houve próximo da ponte Mário Olinger, a ponte dos Bombeiros, onde também existe a contenção com terra armada. Vequi diz que na prefeitura não há nenhum engenheiro que trabalhe com a estrutura.
“Se tiver que mexer na terra armada teremos que contratar uma empresa especializada. Ai seremos obrigados a licitar. Se não tiver esse problema, daí é um projeto mais simples só para rebaixar a pista”, diz.
Vequi diz que o engenheiro Renato de Borba, que assinou o estudo, acredita que será necessário rebaixar pelo menos 100 metros de cada lado da ponte e meio metro embaixo da estrutura.