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Aventura em duas rodas: brusquenses viajam de moto até Brasília

Trajeto total, de ida e volta, foi de 3,5 mil quilômetros

Um trajeto de aproximadamente 3,5 mil quilômetros, entre ida e volta, em rodovias que passam por cinco estados brasileiros e o Distrito Federal. Tudo isso em duas rodas. Com essa premissa, os amigos de longa data Claudemir Marcolla e Luciano Hausmann decidiram iniciar 2022 com uma viagem de motocicleta até Brasília.

Os dois viajaram em duas motos e sem caronas. Segundo Marcolla, a decisão foi tomada por ser uma viagem curta, entre cinco e seis dias, e por eles terem pego apenas uma semana de férias, entre os dias 2 e 9 de janeiro.

A saída foi na madrugada de segunda-feira, 3, por volta da meia noite. O objetivo era chegar com tranquilidade em Ribeirão Preto, em São Paulo, a 950 km de Brusque. “A estratégia era não ter pressa e parar a cada duas horas ou a cada 200 quilômetros. Tomar café no posto de combustível, conversar com os frentistas, conversar com motociclistas que apareciam nos postos e ir trocando ideias e experiências”, diz.

Arquivo pessoal

Com isso, mesmo com o período curto, os amigos aproveitaram o momento para contemplar a estrada.

“Coisa que a gente tem dificuldade de fazer quando dirigimos um carro. Com a moto você acaba percebendo mais a estrada e conseguindo prestar mais atenção nos detalhes por onde você passa”, continua.

Antes de chegarem em Curitiba, no Paraná, eles entraram em São José dos Pinhais para continuar o trajeto por Ponta Grossa e fazer o caminho pelo interior do Paraná até Ribeirão Preto. Os amigos chegaram em na cidade paulista ainda na segunda, por volta das 18h30. Eles ficaram em um hotel, descansaram e se alimentaram.

Arquivo pessoal

Por volta das 7h30 de terça, 4, os dois saíram em direção a Brasília, pela via Anhanguera. Por ela, passaram pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, até chegar no DF. “Pegamos uma estrada muito boa, com tempo muito bom para ir, com pouca chuva, estradas duplicadas e pouco movimento”, conta.

O plano de fazer paradas a cada duas horas continuou. Entre Ribeirão Preto e Brasília foram aproximadamente 750 km. A chegada na capital brasileira foi no fim do dia, próximo das 19h.

Arquivo pessoal

Como eles já tinham hotel reservado, jantaram e descansaram para que, na quarta, 5, pudessem conhecer os pontos turísticos de Brasília, como o Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes, o Palácio Itamaraty, o Lago Paranoá, além de outros locais. Além disso, procuraram conhecer a gastronomia local e também foram ao bar Galpão 17, ponto de encontro de motoqueiros.

Arquivo pessoal

Retorno

Por volta das 7h30 de quinta, 6, Marcolla e Hausmann partiram de Brasília pelo mesmo caminho em direção a Ribeirão Preto.

“Toda aquela chuva que atingiu Minas Gerais, nós pegamos no trajeto. O retorno foi com muita chuva. Mas como as estradas são muito boas e o movimento não foi grande, acabou sendo uma viagem tranquila e mantivemos a velocidade permitida. Parando a cada duas horas para abastecer e dar uma esticada nas pernas, sem pressa”, continua,

Entre quinta e sexta-feira, 7, eles ficaram no mesmo hotel em Ribeirão Preto. Pela manhã, continuaram viagem, mas desta vez não voltaram pelo interior do Paraná. Os dois passaram por São Paulo, até chegar em Curitiba.

Arquivo pessoal

Eles chegaram na capital paranaense por volta das 19h de sexta. “Com pouco receio de descer a serra de Curitiba à noite e com chuva, nós nos hospedamos na cidade na sexta-feira”, pontua.

Após uma parada para almoço em Penha, os amigos chegaram em Brusque no sábado, 8, por volta das 14h.

Planejamento da viagem

Marcolla explica que, primeiramente, ele e o amigo pretendiam viajar até Punta del Este, no Uruguai, com trajeto de 2,4 mil quilômetros. Porém, alguns amigos motociclistas alertaram os dois da burocracia para entrar no país, com necessidade de exames e documentação impressa.

Então, Hausmann apontou que gostaria de conhecer Brasília, contudo a quilometragem seria muito maior: 3,5 mil km. “Mudamos de ideia em questão de duas semanas antes de partirmos”, ressalta Marcolla.

Arquivo pessoal

De acordo com ele, a intenção com a aventura era, principalmente, sair um pouco da rotina. Além da empresa que os dois atuam com mais um sócio, Hausmann é consultor empresarial e professor universitário. Marcolla também atua como gestor executivo da CDL de Brusque e também é presidente e voluntário do Observatório Social.

“A nossa rotina é bastante intensa e foi um momento em que nós conseguimos tirar para a gente. Somos amigos de longa data, o Luciano foi meu professor, eu lecionei depois junto com ele, fomos colegas de universidade, de lá para cá a nossa amizade aumentou bastante. Foi um momento de sair da rotina, de unir a paixão por motos, com conhecer novos lugares”, conta.

Sem uma meta específica, o plano dos dois era contemplar o país. “Se tirarmos um tempo para conhecer o nosso país, quem sabe vai uma vida toda e não vamos conseguir ver tantas belezas que tem aqui, que muitas vezes tentamos buscar no exterior. Acaba sendo uma viagem muito barata, não pegamos hotéis de luxo, a moto acaba sendo econômica, pois até acaba não pagando alguns pedágios. Foi um momento da gente simplesmente pegar a moto, passear e recarregar as energias para um ano que se inicia”, finaliza.

Arquivo pessoal

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