Aventura no Aconcágua: brusquense sobe uma das maiores montanhas do mundo, na Argentina
Álvaro projeta agora escalar o Everest
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Desde pequeno, o brusquense Álvaro Walendowsky, de 43 anos, assistia o cineasta Jacques Cousteau e folheava as revistas do National Geographic. Ele tinha o sonho de ver neve e a paixão pelos esportes de aventura começou desde muito cedo. Com o passar dos anos, o desejo de escalar montanhas também passou a fazer parte da vida do brusquense.
Em novembro, Álvaro subiu o Aconcágua, a maior montanha do Hemisfério Sul e a maior do mundo fora das cordilheiras do Himalaia e do Caracórum, na Ásia. A montanha fica localizada na Argentina. Ele subiu o Aconcágua junto com o colega Gabriel Franco Vieira, de São Bento do Sul.
“O meu parceiro não chegou ao topo. Ele chegou a 6,6 mil. Então, cheguei ao cume (topo) sozinho. Encontrei algumas pessoas na montanha, mas, até então, éramos somente nós, pois entramos no dia 15 de novembro, o dia que abriu o parque Aconcágua. Fui o primeiro a fazer o cume na temporada. Em alguns acampamentos, só estávamos nós”, conta.
O brusquense realizou a preparação com treinamento intenso. Ele diz que se sentiu bem ao subir o Aconcágua. Porém, relata que, devido à altitude, durante escaladas há riscos de efeitos adversos no corpo, como dores de cabeça e náuseas. Além destes, há outros riscos mais severos, como ataques cardíacos e edemas pulmonares e cerebrais.
“Para subir o Aconcágua, precisa estar muito preparado não só fisicamente, mas, também, psicologicamente, pois é uma montanha extensa. É necessário levar muitos equipamentos também”, comenta.
Álvaro e Gabriel passaram por diversos acampamentos até chegar ao topo. A partir do Cambio de Pendiente (5300 m), houve uma inclinação brusca. A cada passo, a altitude aumentava, a temperatura caía e o oxigênio diminuía.
Álvaro levou 13 dias para subir e descer o Aconcágua. Foram dez dias de subida e três de descida. Ele relata que o tempo estava positivo e não estava tão frio para as condições do Aconcágua.
“O Aconcágua se sobe caminhando, mas é uma montanha de 6,962 quilômetros. Então, jamais pode subestimar. A primeira vista que eu tive quando entrei no parque do Aconcágua foi a beleza do lugar. A geologia da montanha me impressionou muito”, relata.
O brusquense também é instrutor de canoagem. Em 2019, Álvaro contornou o lago Titicaca de caiaque. O lago é o berço da cultura Inca, localizado entre o Peru e a Bolívia. A aventura durou 12 dias.
Ele colocou em prática o objetivo de praticar esportes de aventura no início dos anos 2000. Álvaro fez curso de mergulho e começou a realizar caminhadas pela Serra catarinense.
Em 2004, incentivado por amigos que já viviam no exterior, Álvaro foi para a Nova Zelândia, país em que há muitos praticantes de esportes de aventura.
“É um país preparado para receber o turismo de aventura. Morei por sete meses em Auckland e, depois, três meses em Wellington. Nova Zelândia é o país da aventura. Morar lá foi um divisor de águas”, conta.
Depois que voltou para o Brasil, Álvaro fez mais cursos e começou a escalar. Foi no retorno da Nova Zelândia que ele decidiu que realmente queria viver dos esportes de aventura. Ele, então, buscou esportes específicos, até que encontrou a canoagem oceânica.
A primeira experiência do brusquense em alta montanha foi no Peru, em 2015, no Huayhuash, uma subcordilheira da cordilheira dos Andes. Ele afirma que o trajeto foi desafiador por causa da altitude.
Álvaro comenta que atravessar a calota polar da Groenlândia e passar por toda a costa brasileira de caiaque estão entre os objetivos futuros. Ele, porém, escolhe como foco principal a escalada do monte Everest, a maior montanha do mundo.
“Estamos trabalhando para subir o Everest. É o auge de um montanhista, por ser a montanha mais alta do mundo. Tenho o sonho também de subir o Denali, no Alasca, a montanha mais fria do planeta”, diz.
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