Ando traindo este espaço, tenho que confessar. Resolvi inventar um projeto com data de validade pré-fixada, um blog que vai durar exatos 730 dias. Cada dia, uma palavra… e, se tudo der certo, um pouco mais de intimidade com blogs no WordPress.
Já que hoje fiz um comentário sobre um guilty pleasure que já citei várias vezes nas páginas do MDD, resolvi trazer a conversa para cá também. E chega de introdução! Aí vai ela, a palavra de número 44.
Eu sei, eu sei, é totalmente
desnecessário. É vergonhoso e duro de admitir. Como justificar um vício?
Admitindo que é vício, pronto. Eis que costumo gastar preciosas horas
das noites de sexta, justamente aquelas que todos esperam e comemoram
tanto no Facebook, acompanhando o reality The Bachelor (passa no MGM).
Pior, são temporadas velhas do Bachelor, que o canal passa como se
fosse novidade. A temporada que acabou de passar, por exemplo, é de
2010.
Mais pior de ruim: parte dos participantes dessa temporada também estiveram no Bachelor Pad, um derivado da coisa, em que o conceito “moço(a)
em busca do amor, convivendo com mais de uma dezena de pessoas do sexo
oposto e eliminando uma ou mais delas por semana, até o final romântico e
o pedido de casamento… que dificilmente acontece” é trocado por “ex-participantes de ambos os sexos ficam confinados em uma casa, criando alianças para ganhar uma grana no final”. Exatamente como você está pensando: é algo totalmente BBB.
Bachelor Pad passou no E!
há mais de 2 anos, ou seja, ainda mais ou menos fresco. Por todo o
drama mostrado ali, a gente já sabia quem o bachelor burrão ia escolher
como noiva. E sabia que eles iam brigar e terminar o namoro ao vivo, em
um especial de TV – no ápice da falta de vergonha própria e da vergonha
alheia. Que a moça trocaria seu discurso de “ó, ele é o homem da minha
vida” para “ele é o maior canalha, mentiroso e falso de todo o
universo”, tudo com o mesmo olhar de gente louca.
E mesmo assim eu vi cada episódio,
ralhando com o televisor como tia velha de humorístico de TV aberta
brasileira (só faltaram os bobbies), chamando o “solteiro” de anta e a
pretendente de falsa e rindo muito por saber que os dois continuam
solteiros (nem o outro coitado que estava com a maluca em Bachelor Pad
aguentou o tranco) e cavando espaço em outros programas. Jake, o burrão, até participou de Drop Dead Diva… fazendo o papel de um bachelor, para deixar as coisas mais circulares.
Essa sensação de viagem no tempo, de
estar observando o desenrolar da história diretamente do futuro, devo
dizer em minha defesa, é a única coisa realmente válida nesse meu guilty
pleasure. Pena não ter como fazer essa experiência com algo mais
interessante – ou útil.