X
X

Buscar

Baixo estoque de vacinas prejudica região

Por atrasos de repasses das doses pelo Ministério da Saúde, falta tetraviral em Brusque e Guabiruba

As secretarias de Saúde de Brusque e Guabiruba estão, no momento, sem nenhuma dose da vacina tetraviral – que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora. A situação se deve à falta de repasses da vacina pelo Ministério da Saúde, que alega atrasos na produção das vacinas necessárias ao abastecimento do país.

A Vigilância Epidemiológica de Brusque recebeu, no dia 15 deste mês, comunicado do Ministério da Saúde, na qual são informadas as razões da falta do envio de algumas vacinas. Da Hepatite A, por exemplo, há indisponibilidade nos estoques, e o ministério negocia trâmites burocráticos para realizar a importação de novas doses.

Em Brusque, também há baixo estoque de vacinas da Hepatite A, da BGC e da DTP. “O problema de desabastecimento já está sendo vivenciado há mais de um ano, entretanto com baixa de estoque é necessário priorizar as crianças que estão na faixa etária limítrofe para receber o imunobiológico”, explica a diretora de Vigilância em Saúde da prefeitura, Clotilde Imaniowsky, por e-mail.

Com isso, as doses existentes de todas as vacinas são dadas, prioritariamente, a quem está próximo da faixa limite de idade para recebê-la. A pasta está fazendo agendamentos, a fim de aproveitar ao máximo as doses e evitar perdas.


Desabastecimento desde agosto

O desabastecimento geral teve início em meados de agosto deste ano. A coordenação geral do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, informou, por nota, que o desabastecimento é devido a problemas e atrasos no processo produtivo, que causa indisponibilidade no estoque nacional. E ainda o fato de contratos para aquisição de novas doses estarem em fase de finalização.

A falta de estoque também prejudica Guabiruba. Patricia Heiderscheidt, secretária de Saúde do município, confirma que a tetraviral está em falta há dois meses no município. É a única, aliás, em falta no município.

A tetraviral é aplicada em crianças com um ano e três meses, e não há previsão de quando o município voltará a ser abastecido. “Ela imuniza as crianças contra várias doenças. Deixando de ter a vacina, aumenta o índice de crianças sujeitas a ter essas doenças”, afirma a secretária.

A Prefeitura de Botuverá informou, por meio da Secretaria de Saúde, que não possui nenhuma vacina em falta, no momento, mas atribui isso à pequena população do município, a qual faz com que a demanda por vacinação seja baixa. Contudo, é a única cidade da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) que ainda não passa por desabastecimento.


“Ela imuniza as crianças contra várias doenças.
Deixando de ter a vacina, aumenta o índice de
crianças sujeitas a ter essas doenças”

Patricia Heiderscheidt,
secretária de Saúde de Guabiruba