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Bancários de Brusque e região entram em greve na terça-feira

Categoria reivindica melhores salários e condições de trabalho; movimento não tem data para terminar

Os empregados em estabelecimentos bancários de Brusque e região entrarão em greve a partir de terça-feira da semana que vem, dia 6. Por unanimidade, eles aprovaram a paralisação em assembleia do sindicato da categoria, realizada na quarta-feira, 1º. O movimento é por tempo indeterminado e deverá abranger os bancos privados, estatais (Caixa Econômica e Bando do Brasil) e o gaúcho Banrisul.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de salário conforme a inflação oficial do período, que é de 9,88%, mais um ganho real de 5%, totalizando 14,88% de acréscimo na remuneração. Além disso, informa o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brusque e Região (Seebb), Mário Dada, eles pedem o fim de metas abusivas e inalcançáveis para o setor de vendas dos estabelecimentos bancários.

Outra reivindicação é que o piso da categoria seja o indicado pelo Dieese: R$ 3.299,00. Hoje, não existe um piso unificado, mas sim regionais, que giram em torno de R$ 1,7 mil. Ou seja, fora o aumento de 14,88%, os bancários querem praticamente dobrar os seus proventos. Por último, eles pedem maior participação nos lucros e o fim das demissões.

A data-base dos bancários, pela lei a época indicada para as negociações entre os sindicatos patronal e laboral, é 1º de setembro. Até o momento, segundo presidente do Seebb, já foram realizadas algumas rodadas de negociação, mas sem acordo. Na última, as instituições financeiras ofereceram 5,5% de reajuste e um abono de R$ 2,5 mil, pago em parcela única. Este valor não incidiria sobre o FGTS ou quais outros benefícios. A proposta foi rechaçada prontamente pela maior parte da categoria em todo o país, que então decidiu cruzar os braços a partir do dia 6.

“O sindicato alerta a população para que se tiver algo a fazer em banco, faça nesta sexta e segunda-feira, porque na terça as agências poderão estar fechadas”, diz Dada. Ele destaca, porém, que nem todas as unidades de atendimento estão obrigatoriamente fechadas, pois alguns trabalhadores podem não aderir ao movimento.

Assim como neste ano, em 2014 também teve greve dos bancários. O movimento durou apenas sete dias, de 30 de setembro a 7 de outubro.

Demissões no Bradesco

Mário Dada, presidente do sindicato, diz que a entidade preocupa-se com demissões por parte do Bradesco em todo o Brasil. O banco recém comprou o HSBC e, como o acordo de venda não permite a demissão em massa dos 21 mil empregados do banco inglês, a instituição está cortando os próprios quadros, segundo informações dos sindicalistas. Na região do Seebb – que engloba oito municípios -, foram apenas dois desligamentos.