Bancos de Brusque restringem saques devido à greve dos trabalhadores de carros-fortes

A categoria entrou em greve, oficialmente, no dia 30 de maio

Bancos de Brusque restringem saques devido à greve dos trabalhadores de carros-fortes

A categoria entrou em greve, oficialmente, no dia 30 de maio

Maurício Júnior foi ao Banco do Brasil com sua esposa ontem pela manhã para sacar dinheiro, mas teve de se contentar com menos do que o previsto. Ele é um dos clientes que foi afetado pela greve dos trabalhadores das transportadoras de valores. Sem segurança, os valores não são repostos e já começa a faltar dinheiro em alguns bancos em Brusque.

A categoria entrou em greve, oficialmente, no dia 30 de maio, última segunda-feira. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Transportadoras de Valores de Santa Catarina (Sintravasc), Lídio Augusto Ignácio, a adesão atual ao movimento é de 100% no estado. Os empregados querem salários maiores e melhores condições de trabalho, mas as empresas resistem em ceder.

A principal reivindicação do sindicato é a equiparação do piso da categoria praticado em Santa Catarina com o o do Paraná. O salário-base catarinense é de aproximadamente R$ 1,4 mil, enquanto que o paranaense é de R$ 2,2 mil, uma diferença de R$ 800. Além disso, os trabalhadores querem reajuste de 14% no vale-alimentação.

Uma reunião entre o Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Santa Catarina (Sindesp) já foi realizada, mas a proposta dos patrões não agradou os empregados, que a refutaram em assembleia e continuam de braços cruzados. “Já pedimos esta diferença [entre os pisos de SC e PR] há algum tempo, mas as empresas sempre dizem que não dá”, afirma o sindicalista.

O dirigente do Sintravasc acredita que a atitude pouco cordial das empresas na negociação faz parte de uma estratégia. Ele diz que o mais provável é que a situação vá para dissídio, ou seja, intermediação da Justiça, e aí a vantagem é dos patrões porque a tendência é que se decida apenas pelo reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – que é de 9,9% nos últimos 12 meses.

Enquanto este imbróglio não é resolvido os clientes de instituições bancárias sofrem, como foi o caso de Maurício. Ele chegou a falar com o gerente sobre o caso, mas não conseguiu resolver nada. “Aí você paga juros, porque tem lugar que não aceita cartão, cheque, nada, só dinheiro”, diz.

Assim como ele, dona Quisela Tomio Colzani foi ao Banco do Brasil para sacar. Saiu com menos do que pretendia, e agora vai ter que dar um jeito.

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